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6 de fev. de 2013

06/02/2013 - DIDÁTICA GERAL














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 Tania D. Queiroz “Consultoria e Assessoria Educacional, Palestras, Workshops e Cursos”
As crianças e jovens possuem Inteligências Múltiplas nem sempre conhecidas e valorizadas?

Howard Gardner quebrou os velhos paradigmas sobre a inteligência humana. Sabemos que sempre foi considerado inteligente o aluno com destaque em Matemática ou na arte da retórica e da escrita. Os alunos com destaque na disciplina de Artes ou Educação Física, por exemplo, não costumam ser muito valorizados pela sociedade em geral, tão pouco considerados inteligentes. E assim, muitas crianças e jovens durante o processo de ensino aprendizagem que apresentam dificuldades em Matemática ou em Língua Portuguesa, muitas vezes foram e ainda são consideradas como lerdas ou mesmo incompetentes. Verifique suas crenças pessoais. Você considera seus filhos ou alunos inteligentes quando realizam belos trabalhos de Artes Visuais ou quando tiram a nota máxima em Matemática? Por muito tempo consideramos como dom divino os talentos individuais e a própria inteligência. Nunca foi possível a completa compreensão do porque de algumas crianças e jovens destacam-se em calcular, outros em escrever enquanto que outros ainda,destacam-se em pintar, cantar, dançar, outros são serem líderes naturais e oferecerem exemplos de comportamentos adequados. Por muito tempo atribuímos a Deus a distribuição dos dons, dos talentos humanos. Nas últimas décadas um grande passo foi dado para a compreensão do que é e como funciona a inteligência, a área da neurobiologia desenvolveu inúmeras pesquisas e, por meio delas, chegou-se à conclusão de que há áreas específicas no cérebro humano que correspondem, de maneira aproximada, a certos espaços de cognição, de competências específicas do homem, ou seja a vários tipos de inteligências. Um dos maiores pesquisadores foi o psicólogo Howard Gardner que quebrou os velhos paradigmas sobre a inteligência humana. Segundo suas pesquisas, haveria áreas do cérebro que expressariam, de formas diferentes, a inteligência humana, e caberia ao processo educacional, aos pais, ao educador desenvolver todas as inteligências múltiplas das crianças e jovens por meio de uma metodologia diversificada e atualizada, promovendo sua aprendizagem, a elevação da sua auto-estima e a efetivação do seu equilíbrio emocional, em função do sucesso na aprendizagem. O psicólogo Gardner explicou que as inteligências são potenciais que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores de uma cultura específica, das oportunidades disponíveis nessa cultura e das decisões pessoais tomadas por seus educadores, familiares e outros. A idéia central do O psicólogo Gardner é a de que a inteligência compõe-se um amplo espectro de competências inter-relacionadas, algumas das quais antigamente eram consideradas dons divinos, talentos, como a músical ou a pictórica e espacial. O grande aspecto revolucionário da teoria das Inteligências Múltiplas está no fato de que todos os seres humanos possuem todas as inteligências múltiplas, só que em diferentes graus de desenvolvimento. Ninguém recebeu dons divinos. O que nos falta é desenvolver essas inteligências que ainda se encontram adormecidas. Nos falta treiná-las.
Há cientistas que dão um caráter subjetivo à classificação dos tipos de inteligência. Especificamos oito tipos. De acordo com Howard Gardner, os estilos pessoais de aprendizagem ou as inteligências múltiplas dos indivíduos, seriam:
INTELIGÊNCIA ESPACIAL - que é a capacidade de reconhecer e manipular uma conjuntura espacial ampla ou restrita. É fundamental para os navegadores, para os cirurgiões e escultores.
INTELIGÊNCIA FÍSICO-CINESTÉSICA - habilidade de usar o corpo para resolver problemas ou fabricar produtos. Dançarinos, atletas, artesãos, cirurgiões e mecânicos utilizam essa inteligência.
INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL - grande sensibilidade ao lidar com os outros.
• É importante para os políticos, os assistentes sociais, os psicólogos, os vendedores, os professores, etc.
INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL - capacidade e autoconhecimento, auto-estima, incluindo aí seus desejos, suas aptidões e suas limitações; unida à habilidade de utilizar essas informações para alcançar objetivos pessoais.
INTELIGÊNCIA LINGÜÍSTICA - aptidão para aprender línguas e para utilizar a linguagem falada e escrita para atingir objetivos. Advogados, atores, oradores, escritores e locutores exploram essa capacidade.
INTELIGÊNCIA LÓGICO-MATEMÁTICA - facilidade de realizar operações matemáticas e de analisar problemas com lógica. Matemáticos, físicos, astrônomos engenheiros e cientistas têm essa capacidade.
INTELIGÊNCIA MUSICAL - sensibilidade para apreciar e aptidão para composição de padrões musicais e atuação na área de música.
INTELIGÊNCIA NATURALISTA: sensibilidade para apreciar e se relacionar com o meio ambiente.
INTELIGÊNCIA PICTÓRICA – sensibilidade para com a Arte.
Atualmente, Gardner admite que possam existir outras inteligências, como a existencial ou espiritual e até mesmo a inteligência ética-moral. Acreditamos que é imensurável a contribuição da teoria das inteligências múltiplas, pois ela modifica nossos antigos conceitos sobre inteligência e ensino. A partir dessa teoria é possível acabarmos com as comparações entre irmãos, entre amigos, que costumam engrandecer alguns e diminuir outros, acabar com as comparações entre colegas e reduzir a baixo auto-estima em
milhares de crianças e jovens provocadas por esses equívocos quanto a inteligência humana. A partir de hoje, quando o seu filho ou filha trouxer o boletim e nele você perceber que eles tiraram nota baixa em Matemática ou em qualquer outra disciplina, em Artes ou Educação Física, faça um favor para o processo de aprendizagem deles: parabenize-os pelas notas altas nas disciplinas em que se destacam, elogie seus esforços, estimule seus filhos, valorize as inteligências múltiplas de cada um. Nunca compare as suas notas com as notas de ninguém. Se você incentivá-los, elogiando os seus sucessos e buscando ajuda para que ele consiga superar suas dificuldades com certeza seus filhos terão sucesso na escola, pois as inteligências múltiplas que se encontram afloradas acabam despertando as que estão adormecidas se eles receberem estímulos externos!

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TENDÊNCIAS PEDAGOGICAS DE CUNHO LIBERAL


PEDAGOGIA TRADICIONAL

Centro do Processo– Professor

Privilégio- conteúdo dogmático

Concepção de Ensino- aluno educado para atingir pelo próprio esforço sua realização

Aluno- aprender, decorar

Didática- separa teoria e prática

Disciplina- rígida- forma de garantir a atenção

Avaliação- exclusivamente cognitiva, privilegia a memória

PEDAGOGIA RENOVADA

Centro do Processo– Aluno- o eixo inverte – passa o centro do Professor para o aluno

Privilégio- criar técnicas para trabalhar, para que o aluno aprenda- Ex: trabalho em grupo

Concepção de Ensino- aluno é carente, precisa de atenção

Aluno- aprender a aprender

Didática- teoria e prática justaposta- dá importância aos métodos e técnicas

Disciplina- voluntária- noção de responsabilidade

Avaliação- uma das etapas da aprendizagem, e não o centro. Não privilegia apenas o cognitivo.

PEDAGOGIA TECNICISTA

Centro do Processo– Técnicas

Privilégio- recursos

Concepção de Ensino- falta de habilidade

Aluno- aprender a fazer

Didática- debates, discussões e  questionamentos são desnecessários, relação afetiva- não
importa


TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS DE CUNHO PROGRESSISTA

PEDAGOGIA LIBERTADORA

Centro do Processo- relação dialógica

Privilégio- conscientização

Concepção de Ensino- cidadão

Aluno- participante- elemento ativo do processo ensino aprendizagem

Didática- ativa,preocupada com a aprendizagem

Disciplina- respeito ao ser humano

Avaliação- valorização do todo

PEDAGOGIA LIBERTÁRIA

Centro do Processo- conscientização

Privilégio- aspecto político

Concepção de Ensino- o aluno é um agente de transformação

Aluno- ser político

Didática- aprendizagem significativa

Disciplina- consciente

Avaliação- global



PEDAGOGIA CRITICO SOCIAL DOS CONTEUDOS

Papel da escola é a transmissão de conteúdos vivos, concretos, indissociáveis da realidade
social.

Instrumento de apropriação do saber

Métodos participativos



TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

O estudo das tendências pedagógicas pode proporcionar aos professores o entendimento
da dimensão política que existe nas pedagogias que se adotam nas escolas , pois sua      atuação
em sala de aula é o resultado dessas opções. Não existe postura pedagógica neutra, todas  estão
comprometidas com uma ou outra ideologia, a dominante ou a do dominado. Assim pode-se
dizer que as tendências pedagógicas originam-se de movimentos sociais e filosóficos, num dado
momento histórico.

As tendências estão organizadas em dois grupos:

PEDAGOGIA LIBERAL

Tradicional

Renovada

Tecnicista

PEDAGOGIA PROGRESSISTA

Libertadora

.Libertária

Critico- social dos conteúdos.

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS DE CUNHO LIBERAL

O termo liberal não tem o sentido de "avançado", "democrático", "aberto", como costuma ser usado. A doutrina liberal apareceu como justificação do sistema capitalista que, ao defender a predominância da liberdade e dos interesses individuais da sociedade, estabeleceu uma forma de organização social baseada na propriedade privada dos meios de produção, também  denominada sociedade de classe. A pedagogia liberal, portanto, é uma manifestação própria desse    tipo de sociedade. ( Libâneo, 1994)

A educação brasileira, pelo menos nos últimos cinqüenta anos, tem sido marcada pelas tendências liberais, nas suas formas ora conservadora, ora renovada. Evidentemente tais tendências se manifestam, concretamente, nas práticas escolares e no ideário pedagógico de muitos professores, ainda que estes não se dêem conta dessa influência.

A pedagogia Liberal sustenta a idéia de que a escola tem por função preparar indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais, por isso os indivíduos precisam aprender a se adaptar aos valores e às normas vigentes na sociedade de classes através do desenvolvimento da cultura individual. A ênfase no aspecto cultural esconde a realidade das diferenças de classes, pois embora difunda a idéia de igualdade de oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições. Historicamente, a educação liberal iniciou-se com a pedagogia tradicional e, por razões de recomposição da hegemonia da burguesia, evoluiu para a  pedagogia renovada ( também denominada escola nova ou escola ativa), o que não significou a substituição de uma pela outra, pois ambas conviveram e convivem na prática escolar.

1.1 TENDÊNCIA TRADICIONAL-A tendência liberal tradicional foi a base da educação escolar por mais de quatro séculos, mantendo suas influências até hoje. Esta tendência surge por volta do século XVI, como uma alternativa à escola medieval, de base religiosa.
Na pedagogia tradicional a atividade de ensinar é centrada no professor que expõe a matéria. O professor acredita que ouvindo e fazendo exercícios repetitivos , os alunos gravam o conteúdo para depois reproduzi-lo nas provas. O aluno precisa prestar atenção, pois ele é o receptor. E sua tarefa é decorar o conteúdo. O aluno é educado para alcançar sua plenitude, através de seu esforço próprio. Segundo Libâneo " os conteúdos, os procedimentos didáticos,a relação professor-aluno não tem qualquer relação com o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades sociais". É a predominância da palavra do professor, das regras impostas, do cultivo exclusivamente intelectual.
Podemos perceber que esta tendência está baseada no mestre/professor, em um caráter "magistrocêntrico", isto é, o professor tem toda a autoridade, pois é ele que detém o conhecimento, e cabe a ele transmiti-lo aos alunos.           
A didática tradicional tem resistido ao tempo e continua prevalecendo na prática escolar.È comum nas escolas atribuir ao ensino a tarefa de mera transmissão de conhecimento, sobrecarregar o aluno de conteúdos que devem ser decorados sem questionamento, exercícios repetitivos, disciplina rígida e uso de castigos. Essa prática empobrece até as intenções da Pedagogia Tradicional que pretendia com seus métodos a transmissão da cultura geral.

1.2 TENDÊNCIA RENOVADA- A tendência liberal renovada ou ESCOLA NOVA surge no
final do séc. XIX justamente para propor novos caminhos a educação, que se encontra em descompasso com o mundo no qual se acha inserida. Não se trata mais de submeter o homem a valores e dogmas tradicionais. A lenta descoberta da natureza da criança que a Psicologia do final do séc. XIX começa a desvendar sustenta uma atenção maior, nos aspectos interno e subjetivo do processo didático. Há uma inversão de valores: agora, a criança deve ser tratada como criança, e não como um pequeno adulto. Passa-se a valorizar o caráter psicológico, a respeitar o tempo da criança. O importante, para esta tendência, é atender às especificidades da natureza infantil. O objetivo é o homem integral, isto é, deve-se pensar no sujeito como um todo, valorizando não somente o aspecto racional, mas, também, os emocionais, sensoriais e físicos.
Para cumprir seus princípios, a pedagogia escolanovista entende que na relação professor aluno " não há lugar privilegiado para o professor, seu papel é auxiliar o desenvolvimento livre e espontâneo da criança; se intervêm, é para dar forma ao raciocínio dela". (Libâneo). Neste  sentido, o método de ensino está baseado no aprender a aprender, ou seja, " è mais importante o processo de aquisição do saber do que o saber propriamente dito " ( Libâneo).
A didática é entendida como direção da aprendizagem, considerando o aluno como sujeito da aprendizagem, dá importância aos métodos e técnicas ( trabalhos em grupo, projetos, pesquisas). A disciplina é voluntária, ou seja, o aluno tem noção de responsabilidade. O professor incentiva,orienta, organiza as situações de aprendizagem adequando-as capacidades e características individuais dos alunos.A Avaliação é uma das etapas da aprendizagem, e não o seu centro, não privilegia só os aspectos intelectuais.
Esta tendência é implementada no Brasil no séc. XX, a partir da década de 20.

1.3TENDÊNCIA LIBERAL TECNICISTA- A tendência liberal tecnicista surge no século XX, com o objetivo de implementar o modelo empresarial na escola, ou seja, aplicar na escola o modelo de racionalização típico do sistema de produção capitalista. Subordina a educação à sociedade,pois sua função é a preparação de recursos humanos" ( mão de obra para indústria). A sociedade industrial e tecnológica estabelece as metas econômicas, sociais e políticas, a educação treina nos alunos os comportamentos de ajustamento a essas metas.
No tecnicismo acredita-se que a realidade contém em si suas próprias leis, bastando aos homens descobri-las e aplicá-las. Dessa forma, o essencial não é o conteúdo da realidade, mas as técnicas. A tecnologia é o meio eficaz de obter a maximização da produção e garantir um ótimo funcionamento da sociedade; a educação é um recurso tecnológico por excelência.
Ela "é encarada como um instrumento capaz de promover, sem contradição, o desenvolvimento econômico pela qualificação da mão-de-obra, pela redistribuição da renda, pela maximização da  produção e, ao mesmo tempo, pelo desenvolvimento da " consciência política"indispensável à manutenção do Estado autoritário".
Na tendência liberal tecnicista o professor é o técnico responsável pela eficiência do ensino, os conteúdos a serem ensinados já estão muito bem explicitados nos manuais, nos livros didáticos.
A didática – debates, discussões, relação professor aluno pouco importa. Cabe ao aluno aprender a fazer, e pronto...


TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS DE CUNHO PROGRESSISTA

O temo "progressista", emprestado por Snyders, é usado para designar as tendências que, partindo de uma análise critica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação. Vários autores colocam que a pedagogia progressista é aquela preocupada em transformar a realidade e não se acomodar com as desigualdades sócio-político-econômicas da sociedade capitalista. A pedagogia progressista promove uma leitura das desigualdades sociais e busca um esclarecimento, uma mudança de paradigmas, uma emancipação dos menos favorecidos e um compromisso político das partes..".a escola das elites ( escola particular), que capacita seus alunos para o trabalho intelectual e a escola dos oprimidos, dos filhos dos trabalhadores ( escola pública), que capacita seus alunos para o trabalho manual." Lovo.

A pedagogia progressista tem-se manifestado em três  tendências: a libertadora, vinculada ás propostas de educação de Paulo Freire; a libertária, que reúne os defensores da autogestão pedagógica; a crítico-social dos conteúdos que, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto com as realidades sociais.

TENDÊNCIA LIBERTADORA- A tendência libertadora tem suas origens no movimento da educação popular, no final dos anos 50 e início dos anos 60, quando foi interrompida pelo golpe militar de 1964, e retoma o seu desenvolvimento no final dos anos 70 e início dos anos 80. Nesta proposta, a atividade escolar pauta-se em discussões de temas sociais e políticos e em ações sobre a realidade social imediata; analisa-se os problemas, os fatores determinantes e estrutura-se uma forma de atuação para que se possa transformar a realidade social e política. O professor é um coordenador de atividades que organiza e atua conjuntamente com os alunos. "Valoriza o interesse e iniciativa dos educando, dando prioridade aos temas e problemas mais próximos das vivências dos educados sobre os conhecimentos sistematizados. A busca do conhecimento é imprescindível, é uma atividade inseparável da prática social e não deve se basear no acúmulo de informações mas, sim, numa reelaboração mental que deve surgir em forma de ação sobre o mundo sócia. Diferentemente do movimento escolanovista, a pedagogia libertadora põe no centro
do trabalho educativo temas e problemas políticos e sociais, entendendo que o papel da educação
é, fundamentalmente, abrir caminho para a libertação dos oprimidos.

Assim, a escola deve ser valorizada como instrumento de luta das camadas populares, propiciando o acesso ao saber historicamente acumulado pela humanidade, porém reavaliando a realidade social na qual o aluno está inserido. A educação se relaciona dialeticamente com a sociedade, podendo constituir-se em um importante instrumento no processo de transformação da mesma, elevando o nível de consciência do educando a respeito da realidade que o cerca,tornando-o capaz de atuar no buscando sua emancipação econômica, política, social e cultural.
A tendência libertadora, tem como seu principal representante Paulo Freire.

... Nas situações de ensino-aprendizagem o melhor método é aquele que problematiza e que promove o diálogo e não aquele que repassa ou facilita a aprendizagem, pois a problematização e a dialogicidade propiciam o desenvolvimento da consciência crítica e da libertação das ações por meio da intencionalidade da consciência" Lovo.

NA LIBERTADORA-A Relação dialógica é o centro do processo; a concepção de ensino: o cidadão; o conteúdo são temas geradores extraídos da vida dos alunos. A relação professor-aluno: relação horizontal, posicionamento como sujeito do ato de conhecer. A Avaliação: valorização do todo: Disciplina: respeito ao ser humano. A didática ativa, preocupada com a aprendizagem.

2.2 TENDÊNCIA LIBERTÁRIA

A pedagogia progressista libertária valoriza a experiência de autogestão, autonomia e não-diretividade. Pode-se dizer que a pedagogia libertária tem em comum com a pedagogia libertadora "a valorização da experiência vivida como base da relação educativa e a idéia de autogestão pedagógica" (LUCKESI, 1993, p. 64). Nessa concepção, a idéia de conhecimento não é a nvestigação cognitiva do real, mas, sim, a descoberta de respostas relacionadas às exigências da vida social. Essa tendência acredita na liberdade total; por isso dá mais importância ao processo de aprendizagem grupal do que aos conteúdos de ensino.
Pode-se afirmar que a pedagogia libertária "abrange quase todas as tendências anti autoritárias em educação, como a psicanalítica, a anarquista, a dos sociólogos e também a dos professores  progressistas" (LIBÂNEO, 1989, p. 39). O professor é instrutor-monitor.

TENDÊNCIA CRITICO SOCIAL DOS CONTEÚDOS

A tendência critico-social-dos conteúdos entende a escola como mediação entre o individual e o social, exercendo ai a articulação entre a transmissão dos conteúdos e assimilação ativa por parte de um aluno concreto (inserido num contexto de relações sociais); dessa articulação resulta o saber criticamente reelaborado.
Os conteúdos são culturais, universais, sempre reavaliados frente à realidade social. A relação professor-aluno: professor é autoridade competente que direciona o processo ensino-aprendizagem. Mediador entre conteúdos e alunos.
Como as outras tendências progressistas, a cri tico dos conteúdos também está preocupada na função transformadora da educação em relação à sociedade, sem com isto, negligenciar o processo de construção do conhecimento fundamentado nos conteúdos acumulados pela humanidade. Segundo ARANHA a pedagogia cri tico dos conteúdos busca construir uma teoria pedagógica a partir da compreensão .Cabe ao professor escolher conteúdos mais significativos para o aluno, aptos a contribuir na sua formação profissional, visando à inserção do aluno no contexto social. Na realidade, não basta que os conteúdos sejam bem ensinados, é preciso que tenham significação humana e social.



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                                               PLANEJAMENTO
Planejamento é a previsão de atividades, suas fases e prioridades, bem como dos recursos materiais e humanos necessários para a realização de um empreendimento, visando a maior eficiência e economia na efetivação do mesmo.
Planejamento é um conjunto de ações coordenadas entre si, que concorrem para obtenção de um resultado desejado. O planejamento visa à ação, sendo um processo que exige tomada de decisão, tanto no seu início como no decorrer dele.
Planejar é estudar. Planejar  é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema. Planejar é  projetar um futuro e as maneiras eficazes para concretizá-lo.

No processo de planejamento procuramos responder as seguintes perguntas:
·         O que pretendo alcançar?
·         Em quanto tempo pretendo alcançar?
·         Como posso alcançar isso que pretendo?
·         O que fazer e como fazer?
·         Quais os recursos necessários?
·         O que e como analisar a situação a fim de verificar se o que pretendo foi alcançado?

                                        TIPOS DE PLANEJAMENTO

Qualquer atividade da vida humana exige planejamento e, a educação não foge dessa exigência. Na área da educação temos os seguintes tipos de planejamento:

PLANEJAMENTO EDUCACIONAL – consiste na tomada de decisões sobre a educação no conjunto do desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de planejamento requer a proposição de objetivos a longo prazo que definam uma política da educação.
Planejamento Educacional é "processo contínuo que se preocupa com o 'para onde ir' e 'quais as maneiras adequadas para chegar lá', tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as do indivíduo" (PARRA apud SANT'ANNA et al, 1995, p. 14).
           
PLANEJAMENTO CURRICULAR- A palavra currículo vem do latim- curriculum-e significa percurso, ato de correr.  Da palavra curriculum temos, analogamente, a expressão curriculum vitae, que engloba todos os dados pessoais, cursos, experiências e atividades que possam dar uma idéia do que a pessoa conseguiu realizar durante a sua vida.
            Currículo, pedagogicamente, significa “caminho a ser percorrido, vivenciado pelo educando, para serem alcançados os objetivos educacionais estabelecidos”.
            Currículo é a soma das experiências vividas pelos alunos de uma escola, e assim podemos dizer que o planejamento do currículo é o planejamento dessas experiências.
            Cada escola deve elaborar o seu planejamento de currículo com a participação de todos aqueles que direta ou indiretamente estão ligados à dinâmica do processo educativo: diretor, orientador, coordenador e professores. Juntos definirão os objetivos, o conteúdo básico e delinearão os métodos e as estratégias de avaliação, pesquisando ainda os recursos que poderão utilizar.
            No planejamento de currículo devemos levar em conta a realidade de cada escola e as sugestões apresentadas pelo CEE – Conselho Estadual de Educação.
            Planejamento Curricular é o "processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno". Portanto, essa modalidade de planejar constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares (VASCONCELLOS, 1995, p. 56).

PLANEJAMENETO DE ENSINO- Ele é alicerçado no planejamento curricular e visa ao direcionamento sistemático das atividades a serem desenvolvidas dentro e fora da sala de aula com vistas a facilitar o aprendizado dos estudantes.

Planejamento de Ensino: É o que desenvolve em nível mais concreto e está a cargo principalmente dos PROFESSORES. ·.
            Ao assumir uma classe, uma disciplina, o professor passa a enfrentar a necessidade de tomar uma série de decisões, como por exemplo:
  • O que pretende que seus alunos aprendam até o termino do período letivo;
  • Que conteúdo vai trabalhar;
  • Que recursos irá utilizar para facilitar a aprendizagem dos alunos e torná-la mais significativa.

 É a partir da organização das decisões que irá montar o seu planejamento. Ele deverá ser elaborado antes de iniciar o curso, o período letivo e não é uma linha de ação fechada, inflexível, pelo contrário deve-se ir adaptando à medida que a interação com os alunos vai ocorrendo e o feedback resultante indica formas alternativas mais eficientes.

                        ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO

São quatro as etapas do planejamento:
  • Conhecimento da realidade -   para poder planejar adequadamente a tarefa de ensino e atender   a necessidade do aluno é preciso, antes de mais nada saber para quem se vai planejar. Por isso, conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa do processo de planejamento.
  • Elaboração do plano-  após conhecer a realidade, o professor irá elaborar o seu plano, pois já conhece seus alunos, suas necessidades, suas aspirações, possibilidades, etc...
  • Execução do plano- ao elaborarmos o plano de ensino, antecipamos, de forma organizada, todas as etapas do trabalho escolar. A execução do plano consiste no desenvolvimento das atividades previstas.  É colocar em prática tudo que foi planejado.
  • Avaliação e aperfeiçoamento do plano- ao termino da execução do que foi planejado, passamos a avaliar o próprio plano com vistas ao replanejamento. Avaliamos nesse momento se o que planejamos deu certo, avaliamos a nossa eficiência como professor etc...

O estudo sobre PLANEJAMENTO DE ENSINO focaliza TRÊS TIPOS de planos mais comumente usados na realidade escolar
·                Plano de Curso
·                Plano de Unidade
·                Plano de aula
 È interessante lembrar a correlação que deve existir entre eles.
                                   Componentes do planejamento de ensino

 IDENTIFICAÇÃO -Nesta parte será discriminada qual a disciplina ou atividade que se referem, quais as condições básicas em que será realizado, para que ano/série e turma a escola se destina, quem é o professor responsável, carga horária.
OBJETIVOS- São metas estabelecidas ou resultados previamente determinados. Indicam aquilo que o aluno deverá ser capaz de fazer como conseqüência de seu desempenho em determinadas atividades .O estabelecimento de objetivos orienta o professor para selecionar o conteúdo, escolher as estratégias de ensino e elaborar o processo de avaliação. E orienta também o aluno.
OBJETIVOS GERAIS :São aqueles mais amplos e complexos, que poderão ser alcançados, por exemplo ao final do curso, ou disciplina, ou semestre, incluindo o crescimento esperado nas diversas áreas de aprendizagem.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS :Referem-se a aspectos mais simples, mais concretos, alcançáveis em menor tempo, como, por exemplo, aqueles que surgem ao final de uma aula ou de um período de trabalho e, em geral, explicam desempenhos observáveis
 CONTEÚDOS: O QUE ENSINAR ? 
È um conjunto de assuntos que serão estudados durante o curso em cada disciplina.Assuntos que fazem parte do acervo cultural da humanidade traduzida em linguagem escolar para facilitar sua apropriação pelos estudantes. Estes assuntos são selecionados e organizados a partir da definição dos objetivos, sendo assim meios para que os alunos atinjam os objetivos de ensino.
 Neste item, será listados todos os conteúdos de aprendizagem importantes e fundamentais para atingir as finalidades e os objetivos da disciplina. É importante que a escolha destes privilegie alguns aspectos como continuidade, desafios e que sejam desenvolvidos de forma contextualizada.
CRITÉRIOS QUANDO SE SELECIONA OS CONTEÚDOS
·         Atualizados
·         Relacionados diretamente com a vida do aluno e a sua realidade
·         Adequado a sua faixa etária,
·         Capazes de despertar interesses, curiosidade, e lançá-lo a novos desafios
·         Com condições de integrar conhecimentos de várias áreas, disciplinas, ou ciências        evitando, dessa forma, a fragmentação do saber.
 Os conteúdos são geralmente organizados em unidades facilitam o detalhamento do assunto a ser estudado, a escolha das estratégias a avaliação a ser empregada.

Procedimentos- Como ensinar ?
            Procedimentos de ensino são ações, processos ou comportamentos planejados pelo professor para colocar o aluno em contato direto com coisas, fatos ou fenômenos que lhes possibilitem modificar sua conduta, em função dos objetivos previstos . Turra, G.M.
            Ao planejar os procedimentos de ensino, não é suficiente fazer uma listagem de técnicas que serão utilizadas , como aulas expositivas, trabalho em grupo, trabalho dirigido. Devemos prever como utilizar o conteúdo selecionado para atingir os objetivos propostos. O procedimento envolve todos os passos do desenvolvimento da atividade de ensino. Eles devem ser diversificados, estar coerentes com os objetivos , adequado às necessidades dos alunos, apresentar desafios, etc...

Recursos- O QUE VOU UTILIZAR
Os recursos de ensino são os componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem a estimulação para o aluno. Podemos classificar em:
·         Humano- professor, aluno, pessoal escolar, pai, autoridades, profissionais e
·         Materiais- bola, giz, caneta, retro projetor, datasohow, som, etc...

AVALIAÇÃO – Comumente a avaliação é entendida como o resultado de testes, provas, trabalhos que são dados aos alunos e aos quais se atribui uma nota ou conceito. Este aprova ou reprova. Temos então um julgamento e não uma avaliação.
            Avaliação é o processo pelo qual se determinam o grau e a quantidade de resultados alcançados em relação aos objetivos, considerando o contexto das condições em que o trabalho foi desenvolvido.

Citando Marcos Masetto
Na verdade, a avaliação acompanha todo o processo de aprendizagem e não só um momento privilegiado (o de prova ou teste) pois é um instrumento de feedback continuo para o educando e para todos os participantes. Nesse sentido, fala da consecução ou não dos objetivos da aprendizagem. (...) O processo de avaliação se coloca como uma situação freqüentemente carregada de ameaça,pressão ou terror (1997:98)
·         A avaliação da aprendizagem se constitui num processo, numa ação contínua que deve perpassar todo o período dedicado ao ensino, aprendizagem.
·         Deve representar uma análise por parte do professor e dos alunos, a respeito do que foi alcançado, para que resulte numa tomada de posição no sentido de refazer ou continuar o desenvolvimento das ações e do conteúdo selecionado.
·         Não deve representar apenas um julgamento unilateral e momentaneamente estanque, feito pelo professor a respeito da aprendizagem do aluno.
·         Os resultados das avaliações escolares devem apresentar o aspecto qualitativo
·         Sabe-se que o sistema educacional exige o registro dos resultados da avaliação escolar em forma de notas ou conceitos. Estes símbolos, porem só terão valor, se representarem, em código, a aprendizagem de fato realizada.
·         Há uma tendência geral entre os alunos e professores em considerar avaliação da aprendizagem a aplicação de provas e teste

 TIPOS DE PLANEJAMENTO DE ENSINO.
O planejamento de ensino é desdobrável em três tipos, diferenciados por seu grau crescente de especificidade:
A) Planejamento de Curso- O Plano de Curso proporciona ao aluno, ao professor e a toda comunidade escolar uma visão da trajetória e todo e do perfil do curso. O Plano de Curso traz em seu bojo a  organização  curricular da escola, onde cada componente curricular vem com seus conteúdos, objetivos, duração do curso, eixos temáticos, competências, etc.
O Plano de Curso se constitui na base fundamental para configuração do plano de aula, numa unidade escolar qualquer.  Só podemos elaborar um plano de aula, após possuirmos inteiro conhecimento do Plano de Curso de uma determinada unidade escolar.
O plano de curso traz muitas vantagens. Vejamos algumas:
·         Oportunidade ao professor para adequar o programa a realidade de sua classe;
·         Permite a distribuição da matéria pelo numero de aulas disponíveis
·         Permite melhor orientação da aprendizagem, etc...

Plano de Unidade - o planejamento de unidade é uma especificação do plano de curso. Uma unidade de ensino é formada de assuntos inter-relacionados. O plano de Unidade também inclui objetivos, conteúdo,etc.

Plano de Aula- é a seqüência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo.
Como elaborar um plano de aula?
            O primeiro passo é indicar o tema central da aula e a seguir estabelecer os objetivos da aula.  Em seguida, estabelecem-se os procedimentos e recursos de ensino
O plano de aula deve apresentar flexibilidade e clareza.
          Só aprende aquele que se apropria do aprendido, transformando-o em apreendido, com o que pode, por isso mesmo, reinventá-lo; aquele que é capaz de aplicar o aprendido-apreendido a situações existenciais concretas.
Paulo Freire
Um planejamento bem feito facilita muito a vida do professor ao longo do ano, além de ampliar as dimensões e abordagens do que será trabalhado, mas sem abrir mão de suas potencialidades criativas; informação, conhecimento, esforço e ousadia.

  OBSERVAÇÃO: NÃO ESTÁ NA ORDEM EM QUE FOI APRESENTADO EM SALA DE AULA.

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