LATIM:
O latim é uma antiga língua
indo-europeia do ramo itálico originalmente falada
no Lácio, a região do entorno de Roma. Foi amplamente difundida,
especialmente na Europa, como a língua oficial da República
Romana, do Império Romano e, após a conversão deste último
ao cristianismo, da Igreja Católica. Através da Igreja, tornou-se a
língua dos acadêmicos e filósofos europeus medievais. Por ser
uma língua altamente flexiva e sintética, a sua sintaxe (ordem das
palavras) é, em alguma medida, variável, se comparada com a de idiomas
analíticos como o português, embora em prosa os romanos tendessem a
preferir a ordem SOV. A sintaxe é indicada por uma estrutura de afixos ligados
a temas. O alfabeto latino, derivado dos alfabetos
etrusco e grego (por sua vez, derivados do alfabeto
fenício), continua a ser o mais amplamente usado no mundo.
Embora o latim seja hoje uma língua morta, ou seja, uma
língua que não mais possui falantes nativos, ele ainda é empregado
pela Igreja Católica para fins rituais e burocráticos. Exerceu enorme
influência sobre diversas línguas vivas, ao servir de fonte vocabular para
a ciência, o mundo acadêmico e o direito. O latim vulgar, nome
dado ao latim no seu uso popular inculto, é o ancestral das línguas
neolatinas (italiano, francês,espanhol, português, romeno, catalão, romanche e
outros idiomas e dialetos regionais da área); muitas palavras adaptadas do
latim foram adotadas por outras línguas modernas, como o inglês. O fato de
haver sido a língua franca do mundo ocidental por mais de
mil anos é prova de sua influência.
O latim ainda é a língua oficial da Cidade do
Vaticano e do Rito Romano da Igreja Católica. Foi a principal
língua litúrgica até o Concílio Vaticano Segundo nos anos 1960.
O latim clássico, a língua literária do final da República e do início do
Império Romano, ainda hoje é ensinado em muitas escolas primárias e
secundárias, embora seu papel se tenha reduzido desde o início do século
XX.
Das
origens e formação da Língua Portuguesa :
A origem da língua portuguesa está ligada ao latim – língua falada pelo povo romano, que se situava no pequeno estado da Península Itálica, o Lácio. A transformação do latim em língua portuguesa se deu por consequência de conflitos e transformações político-histórico-geográficas desse povo. Isso aconteceu por volta do século III a.C., quando os romanos ocuparam a Península Ibérica através de conquistas militares e impuseram aos vencidos seus hábitos, suas instituições, seus padrões de vida e, principalmente, sua língua, que reflete a cultura.
Existiam duas modalidades do latim: o latim vulgar e
o latim clássico. O vulgar, de vocabulário reduzido, falado por aqueles que
encaravam a vida fazendo uso de uma linguagem sem preocupações estilísticas na
fala e na escrita, dotado de variação linguística notável, uma vez que era uma
modalidade somente falada, sendo, pois, suscetível a frequentes alterações. Já
o latim clássico caracterizava-se pela erudição da oralidade e das produções
textuais de pessoas ilustres da sociedade e de escritores, sendo uma linguagem
complexa e elitizada. Das duas modalidades existentes, a que era imposta aos
povos vencidos era a vulgar, pois essa fora a língua predominante dos povos
navegantes que exploravam novas terras para novas conquistas.
Decorridos alguns séculos, o latim predominou sobre as
línguas e dialetos falados em várias regiões. Dessa maneira, formaram-se
diversas línguas dentro da região de domínio de Roma, ou seja, do Império
Romano, onde se originaram as línguas românicas, também chamadas de neolatinas,
(diz-se românicas todas as línguas que têm sua origem no latim e que ocupam
parte do território conquistado pelos romanos), das quais nossa língua
portuguesa é oriunda.
O português que se fala hoje no Brasil é resultado de muitas
transformações de acréscimos e/ou supressões de ordens morfológica, sintática e
fonológica.
Essas transformações passaram por três fases distintas:
desde o galego-português (língua que predominou nos séculos VIII ao XIII),
dissociando-se posteriormente do galego e dando, assim, surgimento ao português
arcaico (séculos XIV ao XVI), que, por conseguinte, tornou-se português
clássico (língua de Camões), perpassando ainda por outros dialetos até chegar
ao português contemporâneo brasileiro.
HOMO-CONNECTUS:
(Vem do Latim: HOMO - Homem/ CONNECTUS – Conexão)
Ou seja “Homem Conectado”, uma expressão que pode ser
aplicada ao ser humano do Sec.XXI
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Roberto
Pompeu de Toledo:
com os smartphones, as pessoas não estão mais apenas onde se
encontram. Metade está ali, a outra metade mergulha no aparelhinho...
Uma charge em recente número da revista The New
Yorker mostrava uma animada mulher, ao telefone, convidando os amigos
para uma festinha em sua casa. “Vai ser daquelas reuniões com todo mundo
olhando para seu iPhone”, ela diz.
O leitor captou? A leitora achou graça? Cartunistas são mais
rápidos do que antropólogos e mais diretos do que romancistas. Captam o
fenômeno quase no momento mesmo em que vem à luz.
O fenômeno em questão é o poder magnético dos iPhones,
BlackBerries e similares. O ato de compra desses aparelhinhos é um contrato que
vincula mais que casamento. As pessoas se obrigam a partilhar a vida com eles.
Na charge da New Yorker, a mulher estava
convidando para uma festa em que, ela sabia — e até se entusiasmava com isso —,
as pessoas ficariam olhando para seus iPhones ainda mais do que umas para as
outras. É assim, desde a sensacional erupção dos tais aparelhinhos, e não só
nas ocasiões sociais.
·
Até nas sessões do Supremo
O mesmo ocorre nas reuniões de trabalho. Chegam os
participantes e cada um já vai depositando à mesa o respectivo smartphone (o
nome do gênero a que pertencem as espécies). Dali para a frente, será um olho
lá e outro cá, um na reunião e outro na telinha. Não dá para desgarrar dela. De
repente pode chegar uma mensagem, aparecer uma notícia importante, surgir a
necessidade de uma consulta no Google.
O que vale para reuniões sociais e de trabalho vale também
para as sessões do Supremo Tribunal Federal. Quem assistiu pela TV Justiça, na
semana passada, ao início do julgamento das competências do Conselho Nacional
de Justiça, assistiu a uma cena exemplar.
Falava o representante da Associação dos Magistrados
Brasileiros. A TV Justiça, com seu apego pela câmera parada, modelo Jean-Luc
Godard, enquadrava o orador e, atrás dele, quatro cadeiras da primeira fila da
assistência.
Três delas estavam ocupadas, a primeira por uma moça que,
coitada, não conseguia se livrar de um ataque de espirros, e as outras duas por
cavalheiros cujo tormento, igualmente compulsivo, era não conseguir se livrar
dos smartphones. (Se o leitor ainda não se deu conta, o melhor, na TV Justiça
ou na TV Câmara, é observar o que se passa ao fundo.)
Os dois cavalheiros apresentavam reações características
do Homo connectus. Um olho lá, outro cá. De vez em quando, um deles
guardava o telefoninho no bolso. Será que agora vai sossegar? Não; minutos
depois, sacava-o de novo. E se chega uma mensagem? Uma notícia?
Às vezes o smartphone exigia mais que um simples olhar.
Requeria o afago dos dedos, naquele gesto que antes servia para espanar uma
sujeirinha na roupa, e hoje é o modo de conversar com a telinha.
Quando o representante da Associação dos Magistrados
terminou o discurso, veio ocupar a cadeira que estava vazia. Agora era sua vez!
Sacou o smartphone e, olho lá e olho cá, ele o põe no bolso, tira, olha,
consulta de novo, enquanto o orador seguinte se apresentava.
·
Silenciosos, os smartphones são
socialmente mais aceitáveis
O telefoninho esperto vem provocando decisivas alterações na
ordem das coisas. O ser humano é instigado a desenvolver novas habilidades,
como a de tocar na tela e conduzi-la ao fim desejado, sem que desande, furiosa
e insubmissa.
Implantam-se novos hábitos sociais. No tempo do celular puro
e simples, aquele bicho que só telefonava, havia restrições a seu uso. Não em
ambientes mais debochados, como a Câmara dos Deputados por exemplo, onde sempre
foi e continua a ser usado sem peias.
Em lugares de maior compostura, os celulares são evitados
porque fazem barulho — disparam a tocar campainhas ou musiquinhas e só permitem
comunicação via voz. Já os smartphones podem ser desativados na função telefone
mas continuar, em respeitoso silêncio, na função telinha.
Daí serem socialmente
mais aceitáveis.
Há uma grande
desvantagem, porém.
O aparelhinho parte a pessoa ao meio. Metade dela está na
festa, metade no smartphone. Concluída sua oração, metade do senhor da
Associação dos Magistrados continuou na sessão do Supremo, metade evadiu-se
para o aparelhinho.
Pode ser que o aparelhinho lhe tenha trazido informações
fundamentais para sua causa. Mas pode ser também que tenha perdido informações
fundamentais, ao não acompanhar o orador seguinte. Qual o remédio, para a
divisão da pessoa em duas, metade ela mesma, metade seu smartphone?
·
Se abrir mão do aparelhinho
está fora de questão, como fazer?
Abrir mão do aparelhinho, depois de todas as facilidades que
trouxe, está fora de questão. Se é para abrir mão de um dos dois lados, que
seja o da pessoa.
Por exemplo:
inventando-se um smartphone capaz de sugá-la e reproduzi-la em seu bojo. As
reuniões sociais, as de trabalho e as sessões do Supremo seriam feitas só de
smartphones, sem a intermediação humana.
Delírio? O leitor esquece do que a Apple é capaz.
E se chega uma mensagem? Uma notícia?
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FERREIRA GULLAR / Um
confuso bate-boca
O fato mesmo é o seguinte: não há produção e venda de
mercadoria alguma se não houver consumidor
Um novo projeto de lei, que deve ser votado pelo Congresso
em fevereiro, trouxe de novo à discussão o problema das drogas: reprimir ou
descriminalizar?
Esse projeto pretende tornar mais severa a repressão ao
tráfico e ao uso de drogas, alegando ser esse o desejo da sociedade. Quem a ele
se opõe argumenta com o fato de que a repressão, tanto ao tráfico quanto ao uso
de drogas, não impediu que ambos aumentassem.
Quem se opõe à repressão considera, com razão, não ter
cabimento meter na prisão pessoas que, na verdade, são doentes, dependentes,
consumidores patológicos. Devem ser tratados, e não encarcerados. No entanto,
quem defende o tratamento em vez da prisão se opõe à internação compulsória do
usuário porque, a seu ver, isso atenta contra a liberdade do indivíduo.
Esse é um debate que não chega a nada nem pode chegar. Se
você for esperar que uma pessoa surtada aceite ser internada para tratamento,
perderá seu tempo.
Pergunto: um pai, que interna compulsoriamente um filho em
estado delirante, atenta contra sua liberdade individual? Deve, então, deixar
que se jogue pela janela ou agrida alguém? Está evidente que, ao interná-lo,
faz aquilo que ele, surtado, não tem capacidade de fazer.
Mas a discussão não acaba aí. Todas as pessoas que consomem
bebidas alcoólicas são alcoólatras? Claro que não. A vasta maioria, que consome
os milhões de litros dessas bebidas, bebe socialmente. Pois bem, com as drogas
é a mesma coisa: a maioria que as consome não é doente, consome-as socialmente,
e muitos desses consumidores são gente fina, executivos de empresas,
universitários etc..
Só que a polícia quase nunca chega a eles, pois estes não
vão às bocas de fumo comprar drogas. Sem correrem quaisquer riscos, as recebem
e as usam. Ninguém vai me convencer de que os milhões de reais que circulam no
comércio das drogas são apenas dinheiro de pé-rapado que a polícia prende nas
favelas ou debaixo dos viadutos.
Outro argumento falacioso dos que defendem a
descriminalização das drogas é o de que a repressão ao tráfico e ao consumo não
deu qualquer resultado positivo. Pelo contrário -argumentam eles-, o tráfico e
o consumo só aumentaram.
É verdade, mas, se por isso devemos acabar com o combate ao
comércio de drogas, deve-se também parar de combater o crime em geral, já que,
embora o sistema judicial e o prisional existam há séculos, a criminalidade só
tem aumentado em todo o planeta. Seria, evidentemente, um disparate. Não
obstante, esse é o argumento utilizado para justificar a descriminalização das
drogas.
A maneira certa de encarar tal questão é compreender que nem
todos os problemas têm solução definitiva e, por isso mesmo, exigem combate
permanente e incessante.
A verdade é que, no caso do tráfico, como no da
criminalidade em geral, se é certo que a repressão não os extingue, limita-lhes
a expansão. Pior seria se agissem à solta.
Quantas toneladas de cocaína, crack e maconha são
apreendidas mensalmente só no Brasil? Apesar disso, a verdade é que cresce o
número de usuários de drogas e, consequentemente, a produção delas. Os
traficantes têm plena consciência disso, tanto que, para garantir a manutenção
e o crescimento de seu mercado, implantam gente sua nas escolas a fim de
aliciar meninos de oito, dez anos de idade.
Por tudo isso, deve-se reconhecer que o combate ao tráfico é
particularmente difícil, já que, nesse caso, a vítima -isto é, o consumidor-
alia-se ao criminoso contra a polícia. Ou seja, ela inventa meios e modos para
conseguir que a droga chegue às suas mãos, anulando, assim, a ação policial.
O certo é que este bate-boca não leva a nada. O fato mesmo é
o seguinte: não há produção e venda de mercadoria alguma se não houver
consumidor.
Só se fabricam automóvel e geladeira porque há quem os compre.
O mesmo ocorre com as drogas: só há produção e tráfico de drogas porque há quem
as consuma. Logo, a maneira eficaz de combater o tráfico de drogas é
reduzindo-lhe o consumo.
E a maneira de conseguir isso é por meio de uma campanha de
âmbito nacional e internacional, maciça, mostrando às novas gerações
-principalmente aos adolescentes- que a droga destrói sua vida.
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RUY CASTRO / Dilema da escova de dente
RIO DE JANEIRO - Ouço dizer que o Brasil joga 768
milhões de escovas de dente anualmente no lixo. Deve ser verdade. À base de uma
escova por mês, eu próprio contribuo com pelo menos 12 por ano para esse
descalabro -assim que as cerdas começam a desbeiçar, lá se vai embora a escova.
Ouço também que, no mundo, descartam-se 26 bilhões de escovas por ano, e que
cada uma leva 450 anos para se decompor. É o horror, o horror.
A ideia de um novo apocalipse, não mais pela água ou pelo
fogo, mas com o mundo sufocado por escovas de dente, lembra os filmes B
americanos de terror dos anos 50, só que a sério. Bem que Woody Allen
perguntava: "Por que as pessoas escovam os dentes quatro vezes por dia e
fazem sexo duas vezes por semana? Por que não o contrário?".
Idem quanto à montanha de fraldas descartadas por mães
zelosas e bem-intencionadas. Perguntei a uma delas quantas fraldas seu bebê
teria consumido em seus primeiros três anos. Ela fez as contas: à média de
cinco fraldas por dia, foram 1.825 fraldas por ano, donde 5.475 fraldas em três
anos, fora as dorezinhas de barriga. Acho assustador que uma simples criança
ainda em seus cueiros já tenha produzido tanto lixo.
Ouço ainda que outro produto capaz de entupir o mundo são os
o.b.s, com pouco ou muito uso. À média de três por dia, durante cinco dias, uma
mulher dispensa 15 o.b.s por mês. E quantas mulheres em idade de usar o.b.
existem somente no Brasil? E na China? E no mundo?
Não admira que, depois de usados e despejados nas privadas,
no lixo ou pela janela, trilhões de escovas de dente, fraldas, o.b.s,
camisinhas, pilhas, lâminas de barbear, DVDs de André Rieu, embalagens de
batata frita e que tais, levados pelos esgotos e correntes, estejam asfixiando
rios, baías, oceanos. E agora, como escovar os dentes sem um certo sentimento
de culpa?
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·
MAU x BOM
-MAU uso da
tecnologia...
-BOM uso da
tecnologia...
·
MAL x BEM
-MAL utilizada a tecnologia...
-BEM utilizada a tecnologia...
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·
COMUNICAÇÃO:
Comunicação
é o mesmo que tornar comum, trocar opiniões, fazer saber; Implica interação,
troca de mensagem.
É um
processo de participação de experiências, que modifica a disposição mental das
partes envolvidas.
*Uma
interação com 2 ou + pessoas:
Significa literalmente “por em comum” (do latim [“Itália”]
communicare), dividir algumas coisas com alguém: podemos dividir ideias,
pensamentos, sentimentos.
· Comunicação interna (texto)
De: Diretor Presidente / Para: Gerente
Na próxima sexta-feira, aproximadamente às 17 hs, o cometa
Halley estará nesta área. Trata-se de um evento que ocorre somente a cada 76
anos. Assim, por favor, reúnam os funcionários no pátio da fábrica, todos
usando capacete de segurança, quando explicarei o fenômeno a eles. Se estiver
chovendo, não poderemos ver o raro espetáculo a olho nu - sendo assim,
todos deverão dirigir-se ao refeitório, onde será exibido um filme-documentário
sobre o cometa Halley.
***
De: Gerente / Para: Supervisor
Por ordem do Diretor Presidente, na sexta-feira, às 17 hs, o
cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover, por favor, reúnam os
funcionários, todos de capacete de segurança, e os encaminhem ao refeitório,
onde o raro fenômeno terá lugar, o que acontece a cada 76 anos a olho nu.
***
De: Supervisor / Para: Chefe de Produção
A convite do nosso querido Diretor, o cientista Halley, 76
anos, vai aparecer nu no refeitório da fábrica usando capacete, pois vai ser
apresentado um filme sobre o problema da chuva na segurança. O Diretor levará a
demonstração para o pátio da fábrica.
***
De: Chefe de Produção / Para: Mestre
Na sexta-feira, às 17 hs, o Diretor, pela primeira vez em 76
anos, vai aparecer no refeitório da fábrica para filmar o Halley nu, o
cientista famoso e sua equipe. Todo mundo deve estar lá de capacete, pois será
apresentado um show sobre a segurança na chuva. O Diretor levará a
banda para o pátio da fábrica.
***
De: Mestre/ Para: Funcionário
Todo mundo nu, sem exceção, deve estar com os seguranças no
pátio da fábrica na próxima sexta-feira, às 17 hs, pois o manda-chuva (o
Diretor) e o Sr. Halley, guitarrista famoso, estarão lá para mostrar o raro
filme "Dançando na Chuva". Caso comece a chover mesmo, é para ir pro
refeitório de capacete na mesma hora. O show será lá, o que ocorre a cada 76
anos.
***
Aviso
para todos:
Na sexta-feira, o chefe da Diretoria vai fazer 76 anos, e
liberou geral pra festa, às 17 hs no refeitório. Vai estar lá, pago pelo
manda-chuva, Bill Halley e Seus Cometas. Todo mundo deve estar nu e de
capacete, porque a banda é muito louca e o rock vai rolar solto até no pátio,
mesmo com chuva.
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Comunicação e os Níveis de
linguagem
O que
deu origem a língua portuguesa? R: O Latim
E que
tem vários tipos de língua portuguesa, com variações de regiões
a países, do mesmo modo entre as classes sociais.
Que a
língua passou por muitas alterações no decorrer do tempo.
E que a
diversidade na sua utilização, implicou o surgimento de diversos níveis de
linguagem, é consequência de inúmeros fatores, como o nível sociocultural.
1> Pessoas que não frequentaram
a escola. (ensino fundamental).
2> As situações de uso. (formal
e não formal).
3> As culturas com sotaques
mais acentuados. (Mineiros, Cariocas, Gaúchos, e Nordestinos,...).
4> E as
variações históricas e tecnológicas. (Históricas: variações no
vocabulário/ Tecnológicas: os termos exp. download).
·
CERTO,
ERRADO OU ADEQUADO?
Processo de
comunicação eficiente:
-O que vamos dizer?
(mensagem)
-A quem se destina?
(receptor)
-Onde? (local em que
acontece o processo de informação)
-Como será
transmitida a mensagem. (contexto)
E nunca devemos
escrever do mesmo modo que falamos.
·
LÍNGUA
ESCRITA e LÍNGUA FALADA.
FALA= gestos, olhar, expressões faciais...
ESCRITA= palavras, pontuações, concordâncias e
orações...
ESTRUTURA DO TEXTO= divisão de parágrafos das
palavras...
NÃO EXISTE SUPERIORIDADE DE UMA OU DE OUTRA.
São modalidades diferentes da língua que se realizam em
contextos diferentes.
A norma culta, a gramática normativa e sua importância.
LÍNGUA ESCRITA: adquirida naturalmente através do
convívio com seu grupo social (Familiar)
LÍNGUA FALADA: adquirida
em uma situação formal de aprendizagem, geralmente nas escolas (Social)
·
O QUE É
TEXTO:
Toda unidade de comunicação escrita, elaborada por alguém,
enviada para outro e que transmita uma mensagem para esse outro é um TEXTO.
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· Revista VEJA
"A Revolução Pós-Papel"/ "Como Chegar ás Futuras
Gerações?"
Pag's: 150 á 158 / 162 á 164.
(LINK.) http://edfisicafkb.blogspot.com.br/2013/03/revista-veja-revolucao-pos-papel.html
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·
INTERPRETAÇÃO
DE TEXTO
Unicamp-S.P
O Jornal Folha de S. Paulo introduziu com o seguinte comentário uma entrevista com o professor Paulo Freire:
“Agente cheguemos” não será uma construção errada?
Os trechos da entrevista nos quais a Folha de São Paulo se baseou para fazer tal comentário foram as seguintes:
“A criança terá uma escola na qual a sua linguagem seja respeitada(...) Uma escola em que a criança aprenda a sintaxe dominante, mas sem desprezo pela sua(...).
“Esses oito milhões de meninos que vêm da periferia do Brasil (...). Precisamos respeitar a sua sintaxe, mostrando que sua linguagem é bonita e gostosa; às vezes, é mais bonita que a minha. E mostrando tudo isso, dizer a ele: Mas para tua própria vida, tu precisas dizer ‘ a gente chegou’ em vez de dizer ‘a gente chegamos’. Isso é diferente, ‘a abordagem é diferente’. É assim que queremos trabalhar, com abertura, mas dizendo a verdade”.
·
Responda
de forma sucinta:
1. Qual a posição defendida pelo professor Paulo Freire com relação à correção dos erros gramaticais?
2. O comentário do jornal faz justiça ao pensamento do educador? Justifique a sua resposta.
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·
PROCESSO
DE COMUNICAÇÃO JACKSON.
-ELEMENTOS
DA COMUNICAÇÃO-
O gráfico abaixo revela as diversas funções da linguagem em
acordo com os elementos básicos envolvidos no processo da comunicação:
1-Emissor (Emotiva)
Aquele que emite a mensagem.
2-Receptor (Conativa)
Aquele que recebe a mensagem.
3-Mensagem (Poética)
O objeto da comunicação.
4-Canal ou Contato
(Fática)
A via de circulação de mensagem.
5-Código
(Metalinguística)
Conjunto de signos e
de regras de combinação destes signos.
6-Referencial (Contexto)
Constituído pelo
contexto, pela situação.
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·
FATORES
PARA PRODUZIR BONS TEXTOS:
1)
Para quem escrevo ->destinatário (o leitor);
2)
Por que escrevo -> objetivo (intenção);
3)
O que vou escrever -> conteúdo;
4)
Como vou escrever -> formato (maneira do
expressar os ideias n papel, aparência do texto)
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·
A MÍDIA "O avião que caiu centenas de vezes"
(Noticia da
queda no avião da TAM, próximo ao aeroporto de Congonhas).
(Texto e questões tirado do "Power
Point")
Existe a resposta
cínica: É notícia, um desastre com tais proporções merece todo o
destaque nos meios de comunicação. Sem cinismo, a resposta não seria tão fácil.
Que é notícia, ninguém há de negar. Que os cidadãos devem ser informados sobre
cada detalhe, também não se contesta. Mas o festival ininterrupto que perpetua
o desastre na televisão não tem nada a ver com informação ou notícia.
É show. Soa mórbido,
mas é isso mesmo: como o desfile das escolas de samba ou as Olimpíadas, as
catástrofes se convertem em show de TV, com a diferença de que o Carnaval e as
olimpíadas são shows pouco menos apelativos. A TV tem na informação
jornalística um produto secundário. Seu negócio fundamental é o entretenimento.
Daí a vocação para o espetáculo, o apelo à emoção.
Mesmo os
documentários não podem fugir à obrigação de emocionar. É o critério
da emoção que faz com que imagens que já não informam nada de novo sejam
repetidas sem parar. O gol de placa tem replays ao longo da semana. A trombada
que matou Ayrton Senna também. O objetivo é fazer durar a emoção. Por isso, na
televisão, as tragédias não acontecem simplesmente: elas ficam acontecendo, num
gerúndio interminável que não é o tempo dos fatos, mas o tempo das sensações.
-Quem viu pessoalmente as cenas do desastre se feriu na
alma.
Muita gente não conseguia dormir depois. Quem vê pela
televisão as mesmas imagens se sente imune. Bebe um uísque, relaxa na poltrona.
Sente um prazer estranho. Pede bis e é atendido.
Eugênio Bucci, Veja,
13/11/96
Questões:
1-
Entrevistada num dos programas sobre o acidente, uma testemunha contou que
estava no quarto quando vislumbrou as chamas pela janela.
A- viu
nitidamente / B- viu de modo confuso
C- enxergou bem / D- entreviu sem
dificuldade
2-
Talvez o telespectador alegue algo parecido.
A-
experimente / B- se decida por
C- apresente
como pretexto / D- imagine
3-Quem vê pela televisão as mesmas imagens se sente imune.
A- parcial
/ C- responsabilizado
B- obrigado
/ D- isento
4 - Sem
cinismo, a resposta não seria tão fácil.
A- É muito
fácil responder sem sarcasmo.
B- Sem
hipocrisia, a resposta seria mais difícil.
C- Responder
de modo sarcástico não é tão fácil.
5- Soa
mórbido, mas é isso mesmo . . .
A- parece
doentio, por isso é assim mesmo. . .
B- Embora
pareça doentio, é assim mesmo . . .
C- Apesar de
soar mórbido, portanto é isso mesmo. . .
6- Qual o ponto de vista defendido pelo autor?
7- O autor pergunta:”Por que é que tem que
ser assim?” e diz que duas respostas podem ser dadas.
A- Qual é a
resposta cínica?
B- Qual é a
resposta sem cinismo?
8- De acordo com o
texto, qual a verdadeira vocação da TV?
9- Que outros
exemplos, além da queda do avião da TAM, o autor oferece a fim de sustentar seu
ponto de vista?
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Coesão textual
É a ligação, a conexão que ocorre entre os vários enunciados que compõem o texto.
É a ligação, a conexão que ocorre entre os vários enunciados que compõem o texto.
Considere os enunciados abaixo:
A maioria dos
professores, de qualquer grau, concorda que os alunos não lêem, não gostam de
ler e têm dificuldades para compreender o texto escrito.
Muitos relutam em
assumir sua parcela de responsabilidade na formação do aluno leitor.
A escola deveria ser o
local de “aprendizado da leitura” por
excelência.
A escola acaba atuando
ao contrário.
A escola usa o texto
fragmentado (muitas vezes sem referência de título autor).
O texto aparece no
livro didático apenas como escada para o ensino de gramática.
O professor, na
verdade, acaba “ensinando” que a leitura é uma atividade chata, inútil e que
provoca sofrimento.
Considere, agora, estes enunciados:
A maioria dos professores, de qualquer grau, concorda que
os alunos não lêem, não gostam de ler e têm dificuldades para compreender o
texto escrito, porém muitos relutam em assumir sua parcela de
responsabilidade na formação do aluno leitor. Assim, a escola, que deveria ser o local de “aprendizado da
leitura” por excelência, acaba atuando ao contrário: ao usar o texto
fragmentado (muitas vezes sem referência de título e autor) que aparece
no livro didático apenas como escada para o ensino de gramática, o professor,
na verdade, acaba “ensinando” que a leitura é uma atividade chata, inútil e que
provoca sofrimento.
Fonte: Isabel S. Sampaio, Professora de Comunicação e Expressão na Universidade
São Francisco e doutoranda em Educação.
São diversos os recursos que asseguram a coesão textual.
Há mecanismos que estabelecem relações entre palavras, entre períodos e entre
orações dentro de um mesmo período. Esses mecanismos são formados por
conjunções, preposições, pronomes, entre outros.
·
RELAÇÃO DE CONECTIVOS
1)
Indicadores de
oposição branda, contraste, adversidade – mas, porém, contudo, todavia,
entretanto, no entanto, embora, contra, apesar de, não obstante, ao contrário
etc.
2)
Indicadores de
oposição - embora,
conquanto, muito embora, apesar de, a despeito de, não obstante, malgrado a,
sem embargo de, se bem que, mesmo que, ainda que, em que pese, posto que, por
mais que, por muito que.
3)
Indicadores de causa
e conseqüência – porque,
pois, dado, visto, com, visto que, em virtude de, uma vez que, devido a, por
motivo de, graças a, em razão de, em decorrência de, por causa de, por
porquanto.
4)
Indicadores de
conseqüência imprevista - tão, tal, tamanho, tanto..., que, de modo que, de forma
que, de maneira que, de sorte que, tanto que.
5)
Indicadores de finalidade
– a
fim de, a fim de que, com o intuito de, para a, com o objetivo de etc.
6)
Indicadores de
esclarecimento – vale
dizer, ou seja, quer dizer, isto é etc.
7)
Indicadores de
proporção – à
medida que, à proporção que, ao passo que, tanto quanto, tanto mais, a menos
que etc.
8)
Indicadores de tempo
– em
pouco / muito tempo, logo que, assim que, antes que, depois que, quando, sempre
que, etc.
9)
Indicadores de
condição – se,
caso, contanto que, a não ser que, a menos que etc.
10)
Indicadores de
conclusão ou conseqüência lógica – portanto, então, assim, logo, por isso, por
conseguinte, pois, de modo que, em vista disso etc.
11)
Indicadores de restrição
– que.
12)
Indicadores de adição
- e,
nem, não só... Mas também, tanto... como, não apenas... Como.
13)
Indicadores de alternância
– ou,
nem... nem, ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja... seja.
14)
Indicadores de
conformidade - conforme,
segundo, consoante, como, de acordo com, em conformidade com.
15)
Indicadores de
comparação -
como, qual, do mesmo modo que, como se, assim como, tal como.
·
Outros elementos de
coesão textual
A coesão também pode ser obtida por meio de conjunções — palavras que ligam
orações em um período composto. Ao ligar orações, as conjunções estabelecem
entre elas uma relacão de sentido.
Observe os exemplos:
Ele estudava bastante PARA QUE fosse aprovado no concurso. (Relação de
FINALIDADE)
Ele estudou
tanto QUE foi aprovado no
concurso.
Relação de CONSEQÜÊNCIA
Ele foi aprovado
no concurso, pois estudou bastante.
Relação de causa
Ele estudou bastante, PORTANTO foi aprovado no concurso.
(Relação de CONCLUSÃO)
Ele será
aprovado no concurso SE estudar
bastante.
Relação de CONDIÇÃO
Ele passará no
concurso QUANDO estudar bastante.
Relação de TEMPO
Ele não foi
aprovado no concurso EMBORA tenha
estudado bastante. (Relação de CONCESSÃO)
A coesão deixa de existir quando a conjunção
empregada não corresponde à relação existente entre as orações do período.
Nesse caso, a construção também perderá sua coerência, ou seja, seu sentido
lógico.
Leia os exemplos abaixo:
1. Ele estudou bastante, POR ISS0 foi reprovado no concurso.
(??)
2. Ele estudou muito, PORÉM foi aprovado no
concurso. (??)
3. EMBORA o ar esteja muito seco e o nível de
poluição esteja alto, as pessoas estão com problemas respiratórios. (??)
Observe a falta de coesão e a conseqüente falta de
coerência nas construções acima. Assim, é fundamental recapitular as relações
possíveis no período composto, bem como as conjunções que exprimem essas
relações.
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·
As línguas
do Brasil (ATIVIDADE)
Árabe, iorubá, tupi, cantonês, catalão,
provençal. A cada vez que você abre a boca para
(A) o bom e
velho português brasileiro, acaba
soltando palavras dessas línguas e de outras trinta. Isso por baixo, já que
ninguém sabe ao certo quantas línguas tiveram termos aportuguesados desde o ano
218aC, quando os romanos apareceram na Península Ibérica e começaram a
(B) o que seria a língua portuguesa.
“ Todas as línguas
e culturas do mundo
(C ) do
contato e do diálogo”, diz Caetano Galindo, professor de filologia da
Universidade Federal do Paraná.
As palavras
estrangeiras aportuguesadas são como fósseis: contam a história dos povos que
(D) como
quem falava a “língua de Camões”. Povos em florescimento artístico
(E) termos
sobre espetáculos e cultura. É o caso do italiano. Povos guerreiros
(F) o nosso
vocabulário sobre a guerra. “ Canivete”, “bando”, “trégua” e a própria “guerra”
vieram dos bárbaros germânicos ( suevos e visigodos), que dominaram a Península
Ibérica entre os séculos V e VII.
Os árabes,
que
(G) os
germânicos em 711 e permaneceram na península
por 300 anos, também entendiam de guerra e nos deram mais termos
bélicos. Mas sua maior
(H) ao
português foi de termos relacionados à tecnologia - na época, sua civilização era
tecnicamente muito superior à europeia.
As novidades que eles levaram para a Europa ficaram
(I) na
língua: alicate, alicerce, azeite ( quase todas as palavras começam com a, pois
eram faladas depois do artigo árabe al ).
Até a
preposição “até” veio do árabe, um caso raro de empréstimo linguístico.
As línguas
indígenas e africanas também
(J) sua
marca – as indígenas descrevem a natureza exuberante, para a qual os europeus
literalmente não tinham palavras, e as africanas
(K) nossa
cultura, especialmente a religião e a culinária. Hoje, muita gente acha ruim a
influência inglesa na língua. Nacionalismos à parte, esse pessoal vi ter que
suar muito se quiser mesmo livrar o português do Brasil de todos os
estrangeirismos.
Fonte: Leandro Narloch.
Superinteressante,p.24, abril,2002
A)
Dizer, contar, falar;
B)
Formar,
fabricar, produzir;
C)
Residem, vivem, experimentam;
D)
Conviveram, ocorreram, aconteceram;
E)
Abandonaram,
deixaram, permitiram;
F)
Encheram, ocuparam, enriqueceram;
G)
Expeliram, expulsaram, evacuaram;
H)
Doação, contribuição e participação;
I)
Registradas, mencionadas, retidas;
J)
Abandonaram, deixaram, permitiram;
K)
Mancharam, originaram, impregnaram .
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·
A televisão, primeira mídia de
informação (TEXTO)
Encontramo-nos numa virada da
história da informação. No seio da mídia, desde a guerra do Golfo em 1971, a
televisão assumiu o poder. Ela não é apenas a primeira mídia de lazer e de
diversão, mas também, agora, a primeira mídia de informação. No momento atual,
é ela que dá o tom, que determina a importância das notícias, que fixa os temas
da atualidade. Ainda há pouco tempo, o telejornal (TJ ) da noite era organizado
à base das informações que apareciam, no mesmo dia, na imprensa escrita. O TJ
imitava, copiava a imprensa escrita. Nele se encontrava a mesma classificação
da informação, a mesma arquitetura, a mesma hierarquia. Agora, é o inverso: é a
televisão que dita, é ela que impõe sua ordem e obriga os outros meios, em
particular a imprensa escrita, a segui-la. (...)
Se a
televisão assim se impôs, foi não só porque ela apresenta um espetáculo, mas
também porque ela se tornou um meio de informação mais rápido do que os outros,
tecnologicamente apta, desde o fim dos anos 80, pelo sinal dos satélites, a
transmitir imagens instantaneamente, à velocidade da luz.
Tomando a
dianteira na hierarquia da mídia, a televisão impõe aos outros meios de
informação suas próprias perversões, em primeiro lugar com seu fascínio pela
imagem. E com esta ideia básica: só o visível merece informação; o que não é
visível e não tem imagem não é televisível, portanto não existe midiaticamente.
Os eventos
produtores de imagens fortes - violências, guerras, catástrofes, sofrimentos de
todo tipo – tomam portanto a preeminência na atualidade: eles se impõem aos
outros assuntos mesmo que, em termos absolutos, sua importância seja
secundária. O choque emocional provocado pelas imagens da TV – sobretudo
aquelas de aflição, de sofrimento e de morte – não tem comparação com aquele
que os outros meios podem provocar. Até mesmo a fotografia ( basta pensar na
crise atual da fotorreportagem, cada vez mais suplantada pelo people e pelas peripécias da vida das
celebridades ). Obrigada a continuar, a imprensa escrita pensa então que pode
recriar a emoção sentida pelos telespectadores publicando textos ( reportagens,
testemunhos, confissões ) que atuam, da mesma maneira que as imagens, no
registro afetivo e sentimental, dirigidas ao coração, à emoção e não à razão e
à inteligência. Por isso, mesmo os meios considerados sérios chegam a
negligenciar crises graves, que nenhuma imagem permite fazer existir
concretamente.
Ramonet, Ignácio. A tirania da comunicação, Petrópolis:
Vozes, 2001
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· LIVRO: Ler, pensar e escrever.
A odisséia do
rascunho: pag.76 à 83.
(Link)
http://www.kilibro.com/en/book/preview/27437/ler-pensar-e-escrever
(Link)
http://edfisicafkb.blogspot.com.br/search/label/Prof%C2%AA%3A%20Nathalia
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-> TIPOS E FORMAS DE TEXTOS <-
Tipos e
formatos: Ha sempre um determinado molde convencional para cada
"espécie" de texto: quem vai escrever um molde, que vai ler
identificar o molde.
-ARGUMENTAÇÃO (Defende
uma ideia)/ DISSERTAÇÃO
Argumentar é a capacidade de relacionar fatos, teses, estudos,
opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de embasar determinado
pensamento ou idéia.
Um texto
argumentativo sempre é feito visando um destinatário. O objetivo desse tipo de texto é convencer,
persuadir, levar o leitor a seguir uma linha de raciocínio e a concordar com
ela.
Para que
a argumentação seja convincente é necessário levar o leitor a um “beco sem
saída”, onde ele seja obrigado a concordar com os argumentos expostos.
As condições de bem-estar e de comodidade nos
grandes centros urbanos como São Paulo são reconhecidamente precárias por
causa, sobretudo, da densa concentração de habitantes num espaço que não foi
planejado para alojá-los. Com isso, praticamente todos os polos da estrutura
urbana ficam afetados: o trânsito é lento; os transportes coletivos ,
insuficientes; os estabelecimentos de prestação de serviço, ineficazes.
O que é dissertar?
É apresentar
ideias, analisá-las, é expor um ponto de vista baseado em argumentos
lógicos, é estabelecer relações de causa
e efeito.
É necessário
explanar e explicar.
O raciocínio
é que deve predominar nesse tipo de redação; quanto maior a argumentação, mais
consistente será o desempenho.
-NARRAÇÃO (Relata
uma situação)
Eram sete horas da noite em São Paulo e a cidade toda se
agitava naquele clima de quase tumulto típico dessa hora. De repente, uma
escuridão total caiu sobre todos como uma espessa lona opaca de um grande
circo. Os veículos acenderam os faróis altos, insuficientes para substituir a
iluminação anterior.
-DESCRIÇÃO (Uma
situação parada/ congelada)
Enquanto a narração é o relato de um fato que
ocorre em determinado tempo, a descrição é o relato de um objeto,
pessoa, cena ou situação estática, ou seja, não depende do tempo. Descrever é
desenhar com palavras determinada imagem, de modo que a mesma possa ser
visualizada pelo leitor em sua mente.
Eis São
Paulo às sete da noite. O trânsito caminha lento e nervoso. Nas ruas, pedestres
apressados de atropelam. Nos bares, bocas cansadas conversam, mastigam e bebem
em volta das mesas. Luzes de tons pálidos incidem sobre o cinza dos prédios.
Descrever é
representar verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicação
de aspectos característicos, de pormenores individualizantes.
Descrição Subjetiva X Descrição
Objetiva:
·
Objetiva - Podemos dizer que
este tipo de descrição seria como um fotógrafo. Porque o autor "pega no
flagra" os personagens. Devido a esse fato, toda descrição objetiva é
caracterizada com: linguagem denotativa, predomínio do substantivo, ausência de
figuras de linguagens, poucos adjetivos, linguagem objetiva (ausência do
"eu") e com a ordem direta dos termos da oração, ou seja: Sujeito
verbo complemento verbal adjunto adverbial.
·
Subjetiva - Nesta seria como se
fosse um pintor pintando com seu pincel e utilizando seu "Branco" de
emoção, pois o autor expõe suas "emoções" durante a
"descrição". Por isso na subjetiva vamos ter o uso da linguagem
conotativa, predomínio do adjetivo, uso de linguagem figurada (comparações,
metáforas, prosopopéias, sinestesias, figuras sonoras), ordem inversa dos
termos (hipérbatos) e linguagem subjetiva.
Descrição de Objetos:
1> Literária: Seleção vocabular privilegia
aspectos misteriosos; não se interessa por fotografar o real
2> Técnica: Linguagem objetiva, precisa.
Tem a finalidade de informar o usuário. Ausência de verbos (Não há movimentos)
3> Científica: Precisão vocabular,
ausência de elementos supérfluos, adjetivação limitada.
-EXPOSIÇÃO (E
um texto técnico, científico)
Outro tipo= a Injunção. (Não discutida.)
Significado de Injunção
s.f. Ordem
precisa, formal: injunções rigorosas.
Imposição, pressão das circunstâncias.
Imposição, pressão das circunstâncias.
Sinônimos de Injunção: Sinônimo de
injunção: imposição
Definição de Injunção: Classe
gramatical de injunção: Substantivo feminino
Separação das sílabas de injunção: in-jun-ção
Separação das sílabas de injunção: in-jun-ção
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->RESUMO<-
É a redução
do texto original, procurando as ideias essenciais, na progressão e no encadeamento
em que aparecem no texto. Quem resume deve exprimir, em estilo objetivo, os
elementos essenciais do texto. Num resumo não cabem julgamentos ao que está
sendo condensado.
Resumir
significa reduzir um texto ao seu esqueleto essencial sem perder de vista três
elementos:
1>
Cada uma das partes essenciais do texto;
2>
A progressão em que elas se sucedem;
3>
A correlação que o texto estabelece entre cada
uma dessas partes.
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->Paráfrase
X Paródia<-
Paráfrase
Consiste em expressar com nossas
palavras a mesma ideia do texto, é importante assegurar que a paráfrase não
modifica a natureza do texto.
Na
paráfrase as palavras são mudadas, porém a idéia do texto é confirmada pelo
novo texto, a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns
sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito. Temos
um exemplo citado por Affonso Romano Sant’Anna em seu livro “Paródia, paráfrase
& Cia” (p. 23):
Texto
Original
Minha
terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paráfrase
Meus
olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra…
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra…
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).
Este
texto de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, é muito utilizado como exemplo de
paráfrase e de paródia, aqui o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto
primitivo conservando suas idéias, não há mudança do sentido principal do texto
que é a saudade da terra natal.
Paródia
Tem como objetivo de pruduzir
humor em textos, poemas, letras de musicas, provérbios etc.
A
paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos, há uma ruptura
com as ideologias impostas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui, um choque
de interpretação, a voz do texto original é retomada para transformar seu
sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas verdades incontestadas
anteriormente, com esse processo há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos
e uma busca pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica. Os
programas humorísticos fazem uso contínuo dessa arte, freqüentemente os
discursos de políticos são abordados de maneira cômica e contestadora,
provocando risos e também reflexão a respeito da demagogia praticada pela
classe dominante. Com o mesmo texto utilizado anteriormente, teremos, agora, uma
paródia.
Texto
Original
Minha
terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paródia
Minha
terra tem palmares
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).
O nome
Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a palavra palmeiras, há um
contexto histórico, social e racial neste texto, Palmares é o quilombo liderado
por Zumbi, foi dizimado em 1695, há uma inversão do sentido do texto primitivo
que foi substituído pela crítica à escravidão existente no Brasil.
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MILHO DE
PIPOCA (texto)
A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprio para comer. Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes transformações ocorrem quando passamos pelo fogo, caso contrário, continuaremos do mesmo jeito, a vida inteira. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Pode ser o fogo de fora: perder um amor, perder o emprego, ficar pobre. Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cujas causas ignoramos.
Junto ao fogo vem a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a mudança que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente do que ela mesma nunca havia sonhado.
Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, recusam-se a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada.
O que você quer ser?
Uma pipoca estourada ou um piruá?
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->Por que / Por quê / Porque ou Porquê?<-
Existem várias formas de diferenciar a forma exata de
utilizar os porquês, entenda em quais situações utilizar cada um.
O uso dos porquês é um assunto muito discutido e
traz muitas dúvidas. Com a análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego
dos porquês para que não haja mais imprecisão a respeito desse assunto.
Por que
O por que tem dois empregos diferenciados:
Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:
Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)
Por quê
Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.
Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?
Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.
Porque
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.
Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)
Porquê
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)
Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)
Por que
O por que tem dois empregos diferenciados:
Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:
Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)
Por quê
Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.
Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?
Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.
Porque
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.
Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)
Porquê
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)
Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)
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->CUIDADO: “por conta de” é o novo “a
nível de”<-
O uso exagerado de uma locução que serve para qualquer
situação é um miasma que pode ser tomado como evidência da diminuição da
riqueza vocabular da língua portuguesa
A locução prepositiva “por conta de” não é um novo animal na
floresta da língua. Faz alguns anos que professores de português, conselheiros
gramaticais e outros profissionais encarregados de zelar por uma versão limpa e
correta do português falado no Brasil vêm alertando o público sobre seus
riscos. Não adiantou. A novidade que se anuncia aqui é que esse modismo besta
está vencendo o jogo - e de goleada. Se “a nível de” é uma praga que, de tão
ridicularizada, entrou em declínio, “por conta de” está em alta. Quem separar
uns poucos minutos para folhear com atenção revistas e jornais, navegar na
internet ou ouvir TV e rádio - sobretudo este - encontrará uma impressionante variedade
de frases sintaticamente mancas, construções rebarbativas e outras bobagens com
“por conta de” no meio.
Uma complicação adicional é que nem sempre essa locução
agride a gramática e o bom-senso, embora o desgaste provocado pela repetição
excessiva torne cada vez mais difícil acomodá-la num texto de estilo apurado.
Como costuma ocorrer com modismos linguísticos bem-sucedidos demais, os casos
mais graves são aqueles em que a expressão fetichista, julgando-se
todo-poderosa, transborda do nicho gramatical que lhe foi reservado e passa a
atuar como predadora de outras espécies ao seu redor. Mais do que empobrecer o
vocabulário em circulação na sociedade, esse espalhamento instaura um vale-tudo
em que a muleta linguística faz o papel de curinga chamado a remendar às
pressas raciocínios esfarrapados. É o momento em que a inteligência coletiva
paga a conta.
Não se trata de exagero. Talvez os danos fossem menores,
computados apenas no placar da elegância, se os ataques se restringissem às
preposições simples e curtas - como “com”, “contra”, “por” e “de” - que são as
primeiras vítimas de “por conta de”:
• “Corintianos fazem piada por conta da derrota do Santos” (com);
• “Atriz Y. está deprimida por conta da separação” (com);
• “Moradores protestam por conta da situação da estrada” (contra);
• “Escritor X. é processado por conta de plágio” (por);
• “Morreu por conta de câncer” (de).
Nos casos acima, a locução do momento comete um crime típico
do bacharelismo brasileiro, a enrolação palavrosa — a mesma que já levou muita
gente a acreditar que soava sofisticada ao proferir tolices como “passar mal a
nível de estômago”. Diante do que vem depois, porém, isso pode ser considerado
secundário. Fortalecido pelas primeiras vitórias, “por conta de” logo se
aventura em regiões distantes de seu habitat, passando a exterminar e
substituir espécies linguísticas com as quais não tem a mais pálida semelhança.
É o caso da preposição “sobre”:
• “O craque analisou a equipe adversária, mas por conta da queda do treinador preferiu não fazer comentários”.
E de repente atingimos o ponto culminante na escala da falta de noção: “por conta de” aparece ocupando o lugar de um advérbio como “apesar”, numa construção concessiva como esta:
• “Mesmo por conta da epidemia de dengue, as pessoas continuam deixando recipientes com água no quintal”.
Onde estarão errando os opositores de “por conta de” para
ser ignorados de tal forma, inclusive por falantes que, para todos os efeitos,
se incluem entre os praticantes da variedade culta da língua? Curiosamente, seu
equívoco parece residir no excesso de rigor, e não na leniência — extremos que,
como bem sabe quem educa ou já educou filhos, podem produzir resultados
igualmente negativos. Ao condenarem indiscriminadamente como erro o uso dessa
locução prepositiva com o sentido causal que dicionários de qualidade como
Houaiss e Aulete (embora não o Aurélio) já reconhecem como um brasileirismo
legítimo, tais críticos abrem o flanco a uma desmoralizante acusação de
ultraconservadorismo. Qualquer um que, a essa altura dos estudos linguísticos,
seja visto como defensor de um impossível imobilismo de idiomas vivos é
excluído do jogo com facilidade.
O fato é que o sentido causal de “por conta de” está além da
polêmica. Sua origem clara — e castiça — deve ser buscada em “à conta de”,
locução prepositiva à prova de controvérsia, embora pouco usada hoje. “À conta
de” quer dizer “por causa de, a pretexto de”, informa o Aurélio, dando como
exemplo uma frase de frei Vicente do Salvador (1564-1639), autor do clássico
História do Brasil: “...à conta de defenderem a jurisdição de el-rei,
totalmente extinguiam a da Igreja”. Para transformar “à conta de” em “por conta
de”, basta uma troca de preposição tão simples quanto a que levou o “para” do
início desta frase a suplantar “por” como indicador de efeito a atingir, numa
das evoluções marcantes do português antigo para o moderno analisadas por Said
Ali em seus estudos pioneiros de gramática histórica.
No entanto, isso passa longe de esgotar a questão. Enquanto
a expressão “por conta de” puder ser trocada por “em razão de”, “em decorrência
de” ou “devido a” (que também já foi malvista, mas hoje goza de boa reputação),
estaremos diante de uma defensável escolha de estilo, ainda que irreverente se
observada por um prisma tradicional. Mas quando, numa língua de cultura como o
português, filha legítima do latim, uma peça polivalente qualquer começa a
substituir grosseiramente mecanismos programados para estabelecer entre
palavras uma malha intrincada de relações lógicas, espaciais e temporais, como
são as preposições, vemo-nos no terreno daquele círculo vicioso para o qual o
escritor inglês George Orwell chamava atenção ao afirmar que, “se o pensamento
corrompe a linguagem, a linguagem também pode corromper o pensamento”. A
epidemia do “por conta de” é um sintoma da falência educacional brasileira.
FONTE: Revista VEJA, de 21/03/2012, pag. 104
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->Tema e Título
- fatores componentes da construção textual<-
Tecer um bom texto é uma tarefa que requer
competência por parte de quem a pratica, pois o mesmo não pode ser visto como
um emaranhado de frases soltas e ideias desconexas. Pelo contrário, elas devem
estar organizadas e justapostas entre si, denotando clareza de sentido quanto à
mensagem que ora se deseja transmitir.
Como sabemos, a redação é um dos elementos mais requisitados em processos seletivos de uma forma geral, e em virtude disso é que devemos estar aptos para desenvolvê-la de forma plausível e, consequentemente, alcançarmos o sucesso almejado.
Geralmente, a proposta é acompanhada de uma coletânea de textos, a qual devemos fazer uma leitura atenta de modo a percebermos qual é o tema abordado em questão.
Diante disso, é essencial que entendamos a diferença existente entre estes dois elementos: Título e Tema. Para tal, aprofundaremos mais nossos conhecimentos sobre o assunto, como mostra a seguir:
Consideremos o exposto abaixo:
Tema:
Como sabemos, a redação é um dos elementos mais requisitados em processos seletivos de uma forma geral, e em virtude disso é que devemos estar aptos para desenvolvê-la de forma plausível e, consequentemente, alcançarmos o sucesso almejado.
Geralmente, a proposta é acompanhada de uma coletânea de textos, a qual devemos fazer uma leitura atenta de modo a percebermos qual é o tema abordado em questão.
Diante disso, é essencial que entendamos a diferença existente entre estes dois elementos: Título e Tema. Para tal, aprofundaremos mais nossos conhecimentos sobre o assunto, como mostra a seguir:
Consideremos o exposto abaixo:
Tema:
É uma afirmação sobre determinado assunto, onde ser percebe uma
tomada de posição; é uma oração que apresenta começo, meio e fim; e por ser uma
oração, deve apresentar ao menos um verbo.
O crescente dinamismo que permeia a sociedade, aliado à inovação tecnológica, requer um aperfeiçoamento profissional constante.
Título:
É uma referência vaga a um assunto; é uma expressão mais curta
que o tema; na maioria das vezes, não contém verbo.
A importância da capacitação profissional no mundo contemporâneo.
Como podemos perceber, o tema é algo mais abrangente e consiste na tese a ser defendida no próprio texto.
Já o título é algo mais sintético, é como se fosse afunilando o assunto que será posteriormente discutido.
O importante é sabermos que: do tema é que se extrai o título, haja vista que o mesmo é um elemento-base, fonte norteadora para os demais passos.
Existem certos temas que não revelam uma nítida objetividade, como,o exposto anteriormente. É o caso de fragmentos literários, trechos musicais, frases de efeito, entre outros.
Nesse caso, exige-se mais do leitor quanto à questão da interpretaçã, para daí chegar à ideia central.Como podemos identificar através deste excerto:
“As ideias são apenas pedras postas a atravessar a corrente de um rio, se estão ali é para que possamos chegar à outra margem, a outra margem é o que importa”. (José Saramago)
Essa linguagem, quando analisada, leva-nos a inferir sobre o seguinte, e que este poderia ser o título:
A importância da coerência e da coesão para o sentido do texto.
Fazendo parte também desta composição estão os temas apoiados em imagens, como é o caso degráficos, histórias em quadrinhos, charges e pinturas.
Tal ocorrência requer o mesmo procedimento por parte do leitor, ou seja, que ele desenvolva seu conhecimento de mundo e sua capacidade de interpretação para desenvolver um bom texto.
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->CARTA
ARGUMENTATIVA<-
Algumas universidades, como a UEL
e a Unicamp, têm cobrado nos exames vestibulares uma modalidade de texto muito
interessante: a carta argumentativa.
Ao contrário do que pensam muitos
vestibulandos, não há segredo algum na elaboração da carta. Aliás, ela é,
segundo alguns, bem mais simples que a dissertação tradicional, haja vista que
é um tipo de texto bem próximo à realidade dos alunos, dos quais a maioria
certamente já escreveu uma carta a alguém.
·
Vejamos, então, as principais características da carta cobrada
pelos vestibulares:
a) Estrutura dissertativa: costuma-se enquadrar a carta na
tipologia dissertativa, uma vez que, como a dissertação tradicional, apresenta
a tríade introdução / desenvolvimento / conclusão. Logo, no primeiro parágrafo,
você apresentará ao leitor o ponto de vista a ser defendido; nos dois ou três
subseqüentes (considerando-se uma carta de 20 a 30 linhas), encadear-se-ão os
argumentos que o sustentarão; e, no último, reforçar-se-á a tese (ponto de
vista) e/ou apresentar-se-á uma ou mais propostas. Os modelos de introdução,
desenvolvimento e conclusão são similares aos que você já aprendeu (e você
continua tendo a liberdade de inovar e cultivar o seu próprio estilo!);
b) Argumentação: como a carta não deixa de ser uma espécie de
dissertação argumentativa, você deverá selecionar com bastante cuidado e
capricho os argumentos que sustentarão a sua tese. É importante convencer o
leitor de algo.
·
Apesar das semelhanças com a dissertação, que você já conhece, é
claro que há diferenças importantes entre esses dois tipos de redação. Vamos
ver as mais importantes:
a) Cabeçalho: na primeira linha da carta, na margem do parágrafo,
aparecem o nome da cidade e a data na qual se escreve. Exemplo: Londrina, 15 de
março de 2003.
b) Vocativo inicial: na linha de baixo, também na margem do
parágrafo, há o termo por meio do qual você se dirige ao leitor (geralmente
marcado por vírgula). A escolha desse vocativo dependerá muito do leitor e da
relação social com ele estabelecida. Exemplos: Prezado senhor Fulano,
Excelentíssimo senhor presidente Luís Inácio Lula da Silva, Senhor presidente
Luís Inácio Lula da Silva, Caro deputado Sicrano, etc.
c) Interlocutor definido: essa é, indubitavelmente, a principal
diferença entre a dissertação tradicional e a carta. Quando alguém pedia a você
que produzisse um texto dissertativo, geralmente não lhe indicava aquele que o
leria. Você simplesmente tinha que escrever um texto. Para alguém. Na carta,
isso muda: estabelece-se uma comunicação particular entre um eu definido e um
você definido. Logo, você terá que ser bastante habilidoso para adaptar a
linguagem e a argumentação à realidade desse leitor e ao grau de intimidade
estabelecido entre vocês dois. Imagine, por exemplo, uma carta dirigida a um
presidente de uma associação de moradores de um bairro carente de determinada
cidade. Esse senhor, do qual você não é íntimo, não tem o Ensino Médio
completo. Então, a sua linguagem, escritor, deverá ser mais simples do que a
utilizada numa carta para um juiz, por exemplo (as palavras podem ser mais
simples, mas a Gramática sempre deve ser respeitada...). Os argumentos e
informações deverão ser compreensíveis ao leitor, próximos da realidade dele.
Mas, da mesma maneira que a competência do interlocutor não pode ser
superestimada, não pode, é claro, ser menosprezada. Você deve ter bom senso e equilíbrio
para selecionar os argumentos e/ou informações que não sejam óbvios ou
incompreensíveis àquele que lerá a carta.
d) Necessidade de dirigir-se ao leitor: na dissertação tradicional,
recomenda-se que você evite dirigir-se diretamente ao leitor por meio de verbos
no imperativo (“pense”, “veja”, “imagine”, etc.). Ao escrever uma carta, essa
prescrição cai por terra. Você até passa a ter a necessidade de fazer o leitor
“aparecer” nas linhas. Se a carta é para ele, é claro que ele deve ser evocado
no decorrer do texto. Então, verbos no imperativo – que fazem o leitor perceber
que é ele o interlocutor – e vocativos são bem-vindos. Observação: é falha
comum entre os alunos-escritores “disfarçar” uma dissertação tradicional de
carta argumentativa. Alguns escrevem o cabeçalho, o vocativo inicial, um texto
que não evoca em momento algum o leitor e, ao final, a assinatura. Tome
cuidado! Na carta, vale reforçar, o leitor “aparece”.
e) Expressão que introduz a assinatura: terminada a carta, é de
praxe produzir, na linha de baixo (margem do parágrafo), uma expressão que
precede a assinatura do autor. A mais comum é “Atenciosamente”, mas, dependendo
da sua criatividade e das suas intenções para com o interlocutor, será possível
gerar várias outras expressões, como “De um amigo”, “De um cidadão que votou no
senhor”, De alguém que deseja ser atendido”, etc.
f) Assinatura: um texto pessoal, como é a carta, deve ser assinado
pelo autor. Nos vestibulares, porém, costuma-se solicitar ao aluno que não
escreva o próprio nome por extenso. Na Unicamp, por exemplo, ele deve escrever
a inicial do nome e dos sobrenomes (J. A. P. para João Alves Pereira, por
exemplo). Na UEL, somente a inicial do prenome deve aparecer (J. para o nome
supracitado). Essa postura adotada pelas universidades é importante para que se
garanta a imparcialidade dos corretores na avaliação das redações.
ROBERTO POMPEU DE TOLEDO
Cara
presidente –(Texto)
Revista Veja - Edição: 2215/ pág. 166 | 4 de Maio, 2011.
Não
foi a senhora que inventou essa história . de sediar a Copa do
Mundo.
Foi o Outro. Ele é que era, e continua sendo, louco por
futebol.
Ele é que criou na cabeça um Brasil tão grande e influente
que
terminaria com a crise do programa nuclear do Irã, arbitraria a
paz
entre árabes e israelenses, ganharia um assento permanente no
Conselho
de Segurança da ONU e, para encerrar, como a última firula do
artilheiro
antes de fazer o gol, sediaria o Mundial de 2014. A
senhora,
ao contrário, e mil desculpas se for engano, aparenta se
aborrecer
mortalmente diante de um jogo de futebol. Tamb6m não é
crível,
simplesmente não cabe no seu perfil, que acredite no mesmo
Brasil
fantasioso do Outro. Se deu a entender que sim, isso ocorreu
apenas
no período eleitoral, em que, como no Carnaval, tudo é
permitido.
"Falo, falo, e não digo o essencial", escrevia Nelson
Rodrigues.
O essencial é o seguinte: por que não desistir?
Não
seria a primeira vez. A Colômbia, escolhida para sediar a Copa de
1986,
jogou a toalha três anos antes, e o torneio mudou para o México.
O
Brasil não vive a mesma crise econômica nem as ameaças do terrorismo
esquerdista
e dos cartdis da droga que atormentavam a Colômbia no
período.
Em contrapartida, temos colossais problemas de infraestrutura
de
transportes e, se ngo enfrentamos crise econômica, não nos sobra
dinheiro
para erguer estádios já nascidos com a marca de elefantes
brancos,
como, com todo o respeito, os de Natal, Manaus e Cuiabá.
Os
aeroportos já são um caso perdido, segundo estudo do Ipea, um órgão
aí
da sua cozinha. Nove, entre os treze que servirão ao evento, de
acordo
com o estudo, não ficarão prontos a tempo. Na semana passada,
num
gesto que soa a desespero, pois contraria um dogma de seu partido,
o
governo abriu a possibilidade de privatização dos novos terminais.
Mesmo
que seja para valer, não serão dispensadas, é claro, as
concorrências,
os contratos, as licenças ambientais, sabe-se lá mais o quê.
Mas,
suponhamos que de certo, e o prognóstico do Ipea não se confirme.
Muito
bem, o distinto público consegue desembarcar nos aeroportos.
Suponhamos
que num dos aeroportos paulistas. Novo desafio: como chegar
à
cidade? Não há trens, e as estradas vivem congestionadas. Como este
6
um exercício de boa vontade, suponhamos mais uma vez que consigam.
Problema
seguinte: como chegar ao estádio do Corinthians, no bairro de
Itaquera,
o escolhido da Fifa? A linha de metro que o serve está
saturada,
e o tráfego nas avenidas com o mesmo destino é de fazer
chorar.
Mas suponhamos, mais uma vez, que de certo. Enfim, chegamos.
Mas...
aonde? A um terreno baldio. O estádio do Corinthians não 6 mais
que
uma hipótese. Nem quem vai pagá-lo se sabe.
"Falo,
falo, e não digo o essencial." O essencial desta missiva,
senhora
presidente, 6 sugerir-lhe uma estratégia. Se lhe parece
humilhante
desistir assim, na lata, a sugestão é a seguinte: brigue com a Fifa.
Enfrente-a.
Como o mundo inteiro sabe, a Fifa não é flor que se
cheire.
É uma entidade tão milionária, e tão abusada no uso de seus
poderes,
quanto são milionários e abusados seus dirigentes. Pega bem
enfrentá-los.
Brigue para que reduzam suas incontáveis exigências. Que
aceitem
a reforma de estádios existentes em vez de pedirem tantos
novos.
Que assumam parte das despesas. A Fifa está com a corda no
pescoço
tanto quanto a senhora. Na melhor das hipóteses, eles romperão
com
o Brasil e partirão para uma alternativa de emergência. A culpa
não
será da senhora, mas da arrogante inflexibilidade que
demonstraram.
Na pior, que já nos é favorável, reduzirão as exigencias
e
arcarão com parte dos custos. A senhora já tem assunto demais com
que
se preocupar. Precisa livrar-se desta, com perdão pela expressão, herança
maldita.
Em
paralelo, e com cuidado, a senhora trataria de reduzir o absurdo
número
de doze cidades-sede para os jogos.
A
questão exige mais cuidado porque mexe com interesses locais e
porque
aqui não foi a Fifa, foi ele, o Outro, que assim quis. Com a
mente
intoxicada de Brasil Grande e o olho nos dividendos eleitorais,
ele
quis agradar ao maior número de gente possível. Agiu, na
manipulação
do futebol, como faziam os governos militares. Na África
do
Sul as sedes foram nove; nos EUA, outro país continental, também
nove.
Abater o número de sedes diminui despesas e poupa o público do
excesso
de deslocamentos. Senhora presidente, ainda lhe sobra espaço
político
para agir. Tal qual estão postas as coisas, as alternativas
são
colapso absoluto, fiasco total ou fiasco parcial.
" Por que não desistir da Copa do Mundo? Não seria a primeira vez.
A
Colômbia, escolhida para sediar a Copa de 1986, jogou a toalha três
anos antes, e o torneio mudou para o México "
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FERREIRA
GULLAR: Um confuso bate-boca (Texto)
O fato mesmo é o
seguinte: não há produção e venda de mercadoria alguma se não houver consumidor
Um novo projeto de
lei, que deve ser votado pelo Congresso em fevereiro, trouxe de novo à
discussão o problema das drogas: reprimir ou descriminalizar?
Esse projeto
pretende tornar mais severa a repressão ao tráfico e ao uso de drogas, alegando
ser esse o desejo da sociedade. Quem a ele se opõe argumenta com o fato de que
a repressão, tanto ao tráfico quanto ao uso de drogas, não impediu que ambos
aumentassem.
Quem se opõe
à repressão considera, com razão, não ter cabimento meter na prisão pessoas
que, na verdade, são doentes, dependentes, consumidores patológicos. Devem ser
tratados, e não encarcerados. No entanto, quem defende o tratamento em vez da
prisão se opõe à internação compulsória do usuário porque, a seu ver, isso
atenta contra a liberdade do indivíduo.
Esse é um
debate que não chega a nada nem pode chegar. Se você for esperar que uma pessoa
surtada aceite ser internada para tratamento, perderá seu tempo.
Pergunto: um
pai, que interna compulsoriamente um filho em estado delirante, atenta contra
sua liberdade individual? Deve, então, deixar que se jogue pela janela ou
agrida alguém? Está evidente que, ao interná-lo, faz aquilo que ele, surtado,
não tem capacidade de fazer.
Mas a
discussão não acaba aí. Todas as pessoas que consomem bebidas alcoólicas são
alcoólatras? Claro que não. A vasta maioria, que consome os milhões de litros
dessas bebidas, bebe socialmente. Pois bem, com as drogas é a mesma coisa: a
maioria que as consome não é doente, consome-as socialmente, e muitos desses
consumidores são gente fina, executivos de empresas, universitários etc..
Só que a
polícia quase nunca chega a eles, pois estes não vão às bocas de fumo comprar
drogas. Sem correrem quaisquer riscos, as recebem e as usam. Ninguém vai me convencer
de que os milhões de reais que circulam no comércio das drogas são apenas
dinheiro de pé-rapado que a polícia prende nas favelas ou debaixo dos viadutos.
Outro
argumento falacioso dos que defendem a descriminalização das drogas é o de que
a repressão ao tráfico e ao consumo não deu qualquer resultado positivo. Pelo
contrário -argumentam eles-, o tráfico e o consumo só aumentaram.
É verdade,
mas, se por isso devemos acabar com o combate ao comércio de drogas, deve-se
também parar de combater o crime em geral, já que, embora o sistema judicial e
o prisional existam há séculos, a criminalidade só tem aumentado em todo o
planeta. Seria, evidentemente, um disparate. Não obstante, esse é o argumento
utilizado para justificar a descriminalização das drogas.
A maneira
certa de encarar tal questão é compreender que nem todos os problemas têm
solução definitiva e, por isso mesmo, exigem combate permanente e incessante.
A verdade é
que, no caso do tráfico, como no da criminalidade em geral, se é certo que a
repressão não os extingue, limita-lhes a expansão. Pior seria se agissem à
solta.
Quantas
toneladas de cocaína, crack e maconha são apreendidas mensalmente só no Brasil?
Apesar disso, a verdade é que cresce o número de usuários de drogas e,
consequentemente, a produção delas. Os traficantes têm plena consciência disso,
tanto que, para garantir a manutenção e o crescimento de seu mercado, implantam
gente sua nas escolas a fim de aliciar meninos de oito, dez anos de idade.
Por tudo
isso, deve-se reconhecer que o combate ao tráfico é particularmente difícil, já
que, nesse caso, a vítima -isto é, o consumidor- alia-se ao criminoso contra a
polícia. Ou seja, ela inventa meios e modos para conseguir que a droga chegue
às suas mãos, anulando, assim, a ação policial.
O certo é que
este bate-boca não leva a nada. O fato mesmo é o seguinte: não há produção e
venda de mercadoria alguma se não houver consumidor.
Só se
fabricam automóvel e geladeira porque há quem os compre. O mesmo ocorre com as
drogas: só há produção e tráfico de drogas porque há quem as consuma. Logo, a
maneira eficaz de combater o tráfico de drogas é reduzindo-lhe o consumo.
E a maneira
de conseguir isso é por meio de uma campanha de âmbito nacional e
internacional, maciça, mostrando às novas gerações -principalmente aos
adolescentes- que a droga destrói sua vida.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/88326-um-confuso-bate-boca.shtml
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SER OU NÃO SER? EIS A
QUESTÃO (texto)
Sempre que uma pessoa afirma, confiantemente, “eu sou assim”, note que ela está simplesmente procurando uma desculpa para um comportamento que ela própria sabe não ser o melhor. Quando faltam argumentos e uma razão real, objetiva e emocionalmente integrada, alguns somente repetem o velho e “seguro” chavão: “eu sou assim” e continuam a fazer as coisas da mesma forma. Isso é chamado de crença no determinismo genético. Quem diz isso abdica de qualquer responsabilidade sobre si mesma, jogando a “culpa” na genética ou nos deuses, como se a própria pessoa não tivesse meios de alterar sua vida.
Existe um meio melhor. Quem diz eu sou assim, faz de conta que não está pensando, faz de conta que não possui liberdade de escolha, faz de conta que há algo programado, dentro dela, e que não existem meios de alterar essa programação. A quase totalidade das pessoas que insistem em dizer eu sou assim, têm receio de mudar e são complacentes com elas próprias, agindo como um avestruz e colocando a cabeça em um buraco, no chão. . .
Mas nós nunca “somos” coisa alguma. Sempre estamos. Estamos jovens, estamos sadios, estamos acordados, estamos educados, estamos esforçados, estamos atentos, estamos felizes e assim por diante. O que “está” pode ser mudado, mas o que “é” não pode.
Há uma enorme diferença entre “ser e estar”. Quando dizemos que estamos sem dinheiro, estamos solitários, estamos tristes, estamos sem imaginação, estamos com problemas . . . deixamos claro para os outros ( e para nós mesmos) que esta é uma condição transitória e que estamos trabalhando para mudar o quadro. Dizer: “eu estou acima do peso” é muito diferente de dizer “eu sou gordo”. Quando usamos o verbo “ser”, definimos uma condição de vida que independe de nossa vontade. Sou do planeta Terra -- uma condição imutável. Estou na França- - é uma condição transitória.
Escute o que você diz para os outros e para sua própria mente. Se você disser algo começando com a frase “eu sou assim mesmo. . .” verifique imediatamente se não está somente tentando explica o inexplicável para seu próprio coração. Não tente se enganar, porque, no fundo, você vai saber que é uma afirmação falsa.
Somente quem muda, sobrevive. Como diz William Shakespeare: Ser ou não ser? Eis a questão.
FONTES DE PESQUISA:
FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Latim
FONTE:
http://meuartigo.brasilescola.com/portugues/%20historia-da-lingua-portuguesa.htm
FONTE:
http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tema-livre/roberto-pompeu-de-toledo-homo-connectus/
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/88326-um-confuso-bate-boca.shtml
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/62989-dilema-da-escova-de-dente.shtml
FONTE:
http://www.moodle.ufba.br/mod/resource/view.php?id=18892
FONTE:
http://ricardovigna.wordpress.com/estudos-de-semiotica-e-filosofia-da-linguagem/1-6-a-significacao-o-texto-e-o-contexto/1-6-1significacao-contexto-e-%C2%A8processo-de-comunicacao-as-funcoes-da-linguagem/
FONTE:
http://www.kilibro.com/en/book/preview/27437/ler-pensar-e-escrever
FONTE:
http://www.infoescola.com/redacao/descricao/
FONTE:
http://www.infoescola.com/redacao/argumentacao/
FONTE:
http://www.dicio.com.br/injuncao/
FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Descri%C3%A7%C3%A3o
FONTE:
http://www.infoescola.com/portugues/intertextualidade-parafrase-e-parodia/
FONTE:
http://www.brasilescola.com/gramatica/por-que.htm
FONTE:
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/cuidado-%E2%80%9Cpor-conta-de%E2%80%9D-e-o-novo-%E2%80%9Ca-nivel-de%E2%80%9D
FONTE:
http://www.brasilescola.com/redacao/tema-titulofatores-componentes-construcao-textual.htm
FONTE:
http://www.mundovestibular.com.br/articles/4486/1/CARTA-ARGUMENTATIVA/Paacutegina1.html
MATERIAL USADO NO 1º MÓDULO DE ED. FISICA:
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